Na mira do MP: gestão Zé Aldemir nomeia vigilantes em Cajazeiras ignorando aprovados em concurso

A Prefeitura de Cajazeiras, sob gestão do prefeito Zé Aldemir (Progressistas), entrou na mira do Ministério Público da Paraíba (MPPB) após a contratação de 16 vigilantes. Os profissionais foram admitidos pela gestão ignorando o resultado de concurso público no município, realizado em 2019, e que aprovou candidatos para o cargo.

Os vigilantes contratados irão atuar na Secretaria de Saúde do município. São dois em cargos de comissão e os outros 14 por excepcional interesse público.

A Secretaria de Saúde tem o prazo de 15 dias para encaminhar a cópia dos contratos dos 16 vigilantes contratados pela gestão. Além disso, deverá participar, junto à Procuradoria-Geral de Cajazeiras, de audiência eletrônica com o MP.

O caso está sendo apurado pela Promotora de Justiça Sarah Araújo Viana de Lucena, da Promotoria de Justiça Cumulativa de Cajazeiras.

Com PBAgora

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Em um mês, gestão Bruno Cunha Lima já nomeou mais de 5 mil pessoas sem concurso

Alvo de críticas pela condução da pandemia nesses primeiros meses de 2021, a gestão do prefeito de Campina Grande Bruno Cunha Lima (PSD), também pode agora ser avaliada noutro âmbito, a das velhas praticas do ‘cabide de empregos’ para pessoas sem concurso. Ocorre que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), por meio do seu Sistema de Acompanhamento Online (Sagres) revelou a folha do mês de janeiro deste ano, onde revela que o gestor já nomeou mais de cinco mil pessoas, muitas das quais ligadas diretamente a sua pessoa e com altos salários.

Segundo o Sagres, o modelo de gestão de Bruno em muito se parece com o do ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD), pois além de ambos serem alvos de alertas do TCE-PB por irregularidades nas suas gestões, a gestão de Bruno foi alvo de um alerta ontem (18.03), veja: (https://paraibamaster.com.br/2021/03/18/covid-19-tce-em-cima-da-gestao-bruno-cunha-lima/), ambos modelos são defensores de indicações politicas de pessoas sem concurso. Em janeiro de 2021, segundo o Sagres a PMCG tem exatos: 5.105 pessoas, entre comissionados e cargos de excepcional necessidade (sem concurso).

Dentre esses estão: João Paulo Spencer que é assessor direto da vereadora Eva Gouveia, dito como a pessoa que resolve tudo dentro do PSD, vale ressaltar também que de acordo com o TCE-PB, este desde janeiro deste ano, está lotado como comissionado na Câmara Municipal de Campina Grande, recebendo a quantia de R$ 10 mil, além disso, também está lotado no gabinete do prefeito Bruno Cunha Lima como comissionado recebendo quantia de R$ 6.138. Portanto esse servidor estaria acumulando funções em horários semelhantes.

Também estão nomeados Francisco Carlos Ferraz de Sena (motorista de Bruno), lotado no gabinete do prefeito ganhando R$ 4.138; Narciso Virginio Guimarães Junior (segurança de Bruno e da primeira-dama), lotado no gabinete do prefeito ganhando R$ 3.500; Rawide Hicaro de Melo Alves (fotografó do prefeito), lotado no gabinete do prefeito ganhando R$ 3.500; Roberto Alessandro Rodrigues Santa Cruz, ganhado R$ 8.000; Helga Valeria Casulo de Araújo (mãe de um amigo de Bruno), lotada na secretaria de Obras, ganhando R$5.500; Carlos Artur Sousa Marques (Filho do ex-deputado Carlos Dunga), lotado na secretaria de Planejamento, ganhado R$ 4.000 e o padrasto do prefeito Bruno, o senhor Alexandre Pereira de Farias, lotado na secretaria de Assistência Social, ganhando R$ 8.000; o irmão do padrasto de Bruno, Carlos Sérgio Pereira de Farias, está lotado no Fundo Municipal de Saúde, ganhando R$11.153,51. Outro indicado por Bruno é o seu cunhado Tito Lívio, diretor do complexo Pedro I, responsável pelo hospital referência no combate ao novo coronavírus.

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Dono do Bar do Cuscuz é denunciado pelo MP por crime contra a saúde pública em JP

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ofereceu denúncia à 2ª Vara Criminal de João Pessoa contra um empresário da capital que provocou aglomeração de clientes em seu estabelecimento, durante partida do Campeonato Brasileiro de Futebol, descumprindo a determinação do poder público destinada a impedir a propagação da covid-19.  Ele também foi denunciado por promover publicidade capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde e segurança. Na denúncia, o MPPB propõe acordo para suspender o processo, mediante algumas condições, dentre elas o pagamento de R$ 100 mil por danos morais coletivos e reparação para serem usados para compra de medicamentos neurobloqueadores em favor da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa.

A denúncia (número do processo 0803906-47.2021.8.15.2002) foi oferecida pela 49ª promotora de Justiça de João Pessoa, Jovana Tabosa, que atua na defesa da Saúde, contra o empresário Jocélio Costa Barbosa, sócio-administrador do Bar do Cuscuz Praia Restaurante LTDA, localizado no Cabo Branco, devido ao descumprimento, no último dia 21 de fevereiro, das medidas sanitárias previstas no Decreto Municipal 9.674, de 26 de janeiro de 2021, como ocupação máxima de 50% e distância mínima de 1,5 metro entre as mesas.

Conforme explicou a promotora de Justiça, nesse dia aconteceu a partida de futebol entre o Clube de Regatas do Flamengo (time do Rio de Janeiro) e o Sport Club Internacional (time do Rio Grande do Sul), válido pela 37ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol 2020. “Como era uma partida decisiva, entre os líderes do campeonato, várias pessoas se mobilizaram para assistir ao evento, o que demandaria um maior cuidado dos donos de estabelecimento. Contudo, o denunciado proporcionou até mesmo uma promoção, oferecendo, gratuitamente, um chopp para cada pessoa que estivesse com a camisa de um dos times na hora do gol, o que, indubitavelmente, atraiu mais pessoas ao estabelecimento. Ocorreu, então, o óbvio: estabelecimento superlotado com o desrespeito às regras do Decreto Municipal, conforme as imagens obtidas nas redes sociais”, acrescentou.

Procedimento investigatório

O fato levou o Ministério Público a instaurar procedimento investigatório criminal. O empresário, acompanhado de seu advogado, foi ouvido pela promotora de Justiça e pelos procuradores da República do Ministério Público Federal (MPF), José Guilherme Ferraz e Janaína Andrade de Sousa.

Durante o depoimento, ele reconheceu que clientes acomodados nos locais que não dispunham de televisores para a transmissão da partida passaram a ocupar as mesas e cadeiras do salão principal, onde estavam instalados o telão e os aparelhos de TV, de forma que os funcionários do estabelecimento não conseguiram contornar a situação de aglomeração e precisaram acionar a Polícia Militar.

“Em nenhum momento foi cogitada a possibilidade de desligar o telão e os aparelhos de TV, a fim de que os clientes retornassem aos seus locais de origem. Além disso, a empresa não garantiu o isolamento da área onde estavam instalados os aparelhos de TV, o que fez com que todos os clientes do bar pudessem transitar livremente entre os setores, aglomerando o salão principal. Também pôde ser constatado através de um vídeo publicado em rede social, que não haviam mesas e cadeiras isoladas e marcadas com o ‘x’, garantindo o distanciamento entre as pessoas. Além disso, ninguém que aparece no vídeo utiliza máscara de proteção”, disse a promotora de Justiça.

Jovana Tabosa ressaltou a gravidade do fato. “O país não vivencia um período de normalidade. Ao contrário, atravessa o pior momento da pandemia, com aproximadamente 11,4 milhões de casos de covid-19 e mais de 278 mil mortes. Na Paraíba, 239 mil pessoas já foram infectadas e quase 5 mil vieram a óbito! Como o próprio acusado confirmou, tanto a transmissão de jogos quanto a campanha publicitária de promoção de chopp grátis são práticas antigas da empresa. Dessa forma, descabe qualquer argumento de desconhecimento acerca da possibilidade de aglomeração de pessoas e de descumprimento das medidas sanitárias de prevenção do contágio da Covid-19, principalmente quando somados dois fatores essenciais: o consumo de bebidas alcoólicas e a paixão do brasileiro pelo futebol”, criticou.

Notificação 

A denúncia também destaca que, seis dias antes do evento (no dia 15/02), a Vigilância Sanitária do Município de João Pessoa fiscalizou o estabelecimento e expediu Termo de Notificação, determinando a observância do conjunto de ações implementadas pelo Plano Municipal de Contingência para a covid-19, de modo a evitar a aglomeração de pessoas em salas ou filas de espera, realizar a marcação de assentos e pisos e cumprir o distanciamento social, tudo isso com fundamento no artigo 2º, inciso VII, da Portaria SMS nº 037, de 24 de julho de 2020.

CDC

No que se refere ao crime do artigo 68 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), o MPPB concluiu que o acusado, por sua experiência no ramo e na transmissão de eventos esportivos, tinha capacidade de prever que a publicidade que ofertou era capaz de induzir os consumidores a se comportarem de forma prejudicial à sua saúde, com alto grau de exposição ao novo coronavírus e suas variantes, grande risco de aglomeração e movimentação de pessoas e de incapacidade de garantir as medidas de segurança durante o evento, como de fato ocorreu e foi confirmado pelo acusado em seu depoimento.

Segundo a promotora de Justiça, a materialidade dos delitos e os indícios de autoria restaram devidamente demonstrados, tendo o empresário incidido nas infrações penais previstas no artigo 268 do Código Penal Brasileiro e do artigo 68 da Lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) cominado com o artigo 69 do Código Penal.

Pedidos

A promotora de Justiça requereu que seja recebida a denúncia com juntada do Procedimento Investigatório Criminal (nº 002.2021.011253) e intimação para os atos subsequentes de membro do Ministério Público com atuação perante a Vara Criminal respectiva.

Também requereu que o denunciado seja notificado para comparecer à audiência preliminar em que será oferecida proposta de suspensão condicional do processo, conforme requisitos previstos no Código Penal  (os crimes cominam pena mínima inferior a um ano e o denunciado não está sendo processo e não foi condenado por outro crime), mediante o cumprimento de um acordo.

O acordo proposto pelo MPPB consiste no cumprimento, por parte do acusado, das seguintes condições: comparecimento pessoal em Juízo, a cada dois meses, para informar e justificar suas atividades; a necessidade de autorização do Juízo para se ausentar da comarca em que reside por mais de 30 dias e o pagamento do valor de R$ 50 mil a título de dano moral coletivo e R$ 50 mil a título de reparação do dano à coletividade, devendo a totalidade do valor ser revertida à compra de medicamentos neurobloqueadores em favor da Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa.

O acordo estabelece ainda que o investigado deve, no prazo de 24 horas após a assinatura, entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa para ajustar os termos da compra e da entrega dos medicamentos.

Caso não seja aceita a proposta, o MPPB requer que o denunciado seja citado para apresentar resposta à acusação no prazo legal, conforme estabelecem os artigos 396 e 396-A do Código de Processo Penal, requer ainda a realização de audiência de instrução e julgamento e, ao final, que a denúncia seja julgada procedente para que o denunciado seja condenado como incurso nas penas do artigo 268 do Código Penal e do artigo 68 do Código de Defesa do Consumidor, com a causa de aumento do artigo 69 do Código Penal.

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Major Olimpio, ex-aliado de Bolsonaro, perde a luta contra a Covid-19

O senador Major Olímpio (PSL-SP) teve morte cerebral confirmada nesta quinta-feira (18) em decorrência da covid-19. Ele estava internado desde o início do mês no Hospital São Camilo em São Paulo e teve de ser intubado por dificuldade na respiração. Pelo menos quatro funcionários de seu gabinete também testaram positivo para covid-19. Um de seus assessores permanece em estado grave.

O senador chegou a participar de uma sessão já no hospital. Major Olímpio era policial militar, tinha 58 anos e foi deputado estadual por São Paulo, sendo que em seu segundo mandato foi líder da bancada do PDT na Assembleia Legislativa do estado. Em 2014 elegeu-se deputado federal e em 2018 chegou ao Senado.

Major Olímpio foi a  favor do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Durante o governo Temer, votou contra a PEC do Teto dos Gastos Públicos. Em  2017, foi contrário à reforma trabalhista e votou a favor do processo de abertura de investigação de Michel Temer.

O suplente de Major Olímpio é o empresário paulista Alexandre Luiz Giordano. Em nota, a presidência do Congresso Nacional lamentou “profundamente o falecimento” do senador. “Em respeito à sua memória, o Senado Federal decreta luto oficial de 24 horas”.

 

Do Congresso em Foco

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AGORA É LEI: Sancionada lei que garante ao Governo do Estado comprar vacina contra covid-19

Foi sancionada e publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta quinta-feira (18) a lei 11.841, do deputado Adriano Galdino, que autoriza o Governo do Estado a realizar compra de vacinas contra a covid-19.

O texto garante que a medida seja adotada caso o Governo Federal não cumpra o Plano Nacional de Imunização e, com isso, não proteja a cobertura imunológica tempestiva e suficiente contra a doença.

As vacinas adquiridas serão aquelas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), assim como, as registradas por autoridades sanitárias estrangeiras, como prevê a Lei Federal 13.979/2020.

O presidente da Assembleia e autor da matéria, Adriano Galdino, defende que diante do atual quadro de gravidade da pandemia torna-se extremamente necessário que os estados adotem ações mais efetivas para enfrentar o avanço da covid-19, incluindo a imunização.

“Permitir que Estado da Paraíba possa adquirir mais vacinas, além das asseguradas pelo Plano Nacional de Imunização, privilegia-se o interesse público, que é o de preservar a vida humana”, explicou Adriano.

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MP abre inquérito para acompanhar investigação da morte de empresário em Santa Luzia

O Ministério Público da Paraíba (MPPB) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a investigação da Polícia Civil sobre a morte de um homem no município de Santa Luzia, no Sertão do Estado, ocorrida na noite dessa terça-feira (16/03), durante uma suposta operação realizada por policiais civis do Estado de Sergipe.

O procedimento foi instaurado pelo promotor de Justiça de Santa Luzia, José Carlos Patrício, que já requisitou cópia do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil. “Vamos analisar os depoimentos, as informações e os elementos de prova que venham a embasar o inquérito, para a partir daí, ver quais medidas serão adotadas. O Ministério Público é responsável pelo controle da atividade policial e é essa atividade que estamos desenvolvendo com o objetivo de saber se os fatos estão sendo apurados de forma regular, garantindo aos familiares e à sociedade a resposta adequada sobre o que aconteceu”, disse.

O homem morto foi identificado como Gefferson Moura, de 32 anos, nascido no município de Cajazeiras, no Alto Sertão do Estado.

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MAS, JÁ? Paraibano ministro da Saúde será ouvido no Senado dia 25 sobre vacinas e leitos em UTIs

O presidente da comissão temporária da covid-19, senador Confúcio Moura (MDB-RO), anunciou que o novo ministro da saúde, Marcelo Queiroga, será ouvido no dia 25, em uma sessão de debates temáticos sobre o enfrentamento à pandemia no plenário da Casa. Em sessão remota ontem, os senadores aprovaram um convite para ida do novo ministro da Saúde à Casa.blankblank

Os parlamentares querem ouvir do médico como fica a aquisição de vacinas, a disponibilização de leitos e oxigênio frente à pasta. Queiroga foi anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, na última segunda-feira (15) como novo ministro da Saúde, no lugar de Eduardo Pazuello. A nomeação ainda não foi publicada no Diário Oficial da União.

Queiroga é médico, com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista. Ele também é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Hoje a comissão da Covid-19 presidida por Confúcio, também aprovou vários requerimentos de convites para audiência pública. Além de Marcelo Queiroga, o colegiado quer ouvir nas próximas reuniões representantes da Fiocruz e do Instituto Butantan sobre a produção de vacinas para combate ao novo coronavírus, com Anvisa e distribuidoras de oxigênio e o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para que preste informações sobre ações do ministério para obtenção de vacinas.

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