TCE-PB aceita denúncia contra presidente da Câmara de Curral de Cima por supostas fraudes em gastos públicos

O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) aceitou uma denúncia contra o presidente da Câmara Municipal de Curral de Cima, João Ribeiro, referente a possíveis irregularidades no exercício financeiro de 2023. A denúncia foi apresentada por irregularidades envolvendo sobrepreço em materiais de expediente, gastos excessivos, pesquisas eleitorais irregulares e suspeitas de conluio entre beneficiários.

Entre as principais alegações, destaca-se a aquisição de materiais de expediente por valores superiores aos de mercado, sem licitação, indicando sobrepreço. Além disso, foram apontados gastos injustificados com a “Galeria Legislativa”, o que teria gerado despesas exorbitantes aos cofres públicos. Outro ponto da denúncia envolve a destinação de R$ 5.000,00 para a realização de uma pesquisa eleitoral com o objetivo de avaliar a opinião pública sobre um político específico, sem finalidade clara para a gestão pública.

A denúncia também sugere que os beneficiários dos recursos públicos seriam aliados políticos de João Ribeiro, presidente da Câmara, levantando a suspeita de um possível conluio para favorecer essas pessoas com pagamentos indevidos.

Diante da gravidade das acusações, o TCE-PB encaminhou a denúncia para a Diretoria de Investigações e Perícias (DIEP), que já formalizou a abertura de novas denúncias abrangendo também os exercícios financeiros de 2021 e 2022. A investigação sobre esses exercícios poderá ampliar o escopo das irregularidades denunciadas.

Confira o documento:

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Polícia Federal prende operador de telemarketing com pornografia infantil e livro de Hitler em Campina Grande

A Polícia Federal realizou, na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Nicolino 2, voltada ao combate de crimes de abuso sexual e pornografia infantojuvenil em Campina Grande, na Paraíba. Durante a ação, um operador de telemarketing de 24 anos foi preso em flagrante no bairro das Malvinas.

A operação cumpriu um mandado de busca e apreensão expedido pela Vara da Infância e Juventude de Campina Grande, que também determinou a quebra do sigilo telemático do investigado. No momento da busca, foram encontrados com o suspeito arquivos contendo material de abuso sexual de menores.

Além do conteúdo pornográfico, a polícia apreendeu dois simulacros de armas de fogo, máscaras, um livro sobre Adolf Hitler, líder do regime nazista, e outro sobre um serial killer. O homem foi levado à delegacia da Polícia Federal, onde aguardará a audiência de custódia.

O investigado responderá pelos crimes de aquisição, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantojuvenil, previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que podem resultar em penas de até 10 anos de prisão. A análise do material digital apreendido pode gerar outras acusações.

A Operação Nicolino, nomeada em referência a São Nicolau de Mira, o protetor das crianças, faz parte de uma série de ações da Polícia Federal que visam reforçar a repressão a crimes sexuais contra menores e prevenir abusos.

A Polícia Federal também reforça a importância de pais e responsáveis monitorarem as atividades das crianças e adolescentes, tanto no ambiente físico quanto virtual, para garantir sua proteção contra abusos sexuais.

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Justiça proibe Instituto suspeito de cometer fraude registrar ou divulgar pesquisa eleitoral em Bananeiras

A Justiça Eleitoral proibiu Instituto IPN de registrar e divulgar qualquer pesquisa no município de Bananeiras em relação as eleições de 2024, em virtude da  flagrante fraude eleitoral e estelionato no registro de pesquisa anteriormente registrada

e sob investigação. A proibição se dá até a conclusão da investigação e inquérito pelo Ministério Público Eleitoral e Polícia Federal. Veja a decisão:

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STF mantém arquivamento de inquérito civil contra padre Robson

Por maioria, 1ª turma do STF manteve arquivado inquérito civil que investigava o padre Robson de Oliveira por suposto desvio de verbas na gestão da Afipe – Associação Filhos do Pai Eterno.

Após a ação penal contra o religioso ser arquivada por atipicidade da conduta, o MP abriu inquérito civil, baseando-se em provas do PIC – procedimento investigatório criminal. A defesa alegou que a utilização das mesmas provas configuraria bis in idem, ou seja, repetição indevida de investigação sobre o mesmo fato.

A 6ª turma do STJ concedeu HC para impedir o uso dessas provas no inquérito civil, decisão mantida pela ministra Cármen Lúcia.

O MP/GO, então, agravou da decisão da relatora. Alegou que o trancamento do inquérito civil prejudicava sua função institucional de apurar irregularidades em entidades de utilidade pública.

Voto da relatora

Ao analisar o pedido do MP/GO, a ministra votou por negar provimento ao agravo regimental.

Em seu voto, destacou que as instâncias anteriores já haviam exaustivamente analisado a questão e que a jurisprudência do STF não permite o reexame de fatos e provas em recurso extraordinário, conforme a súmula 279 do Supremo.

Ou seja, o STF não poderia analisar se o MP teria iniciado outro procedimento para tentar contornar a proibição na esfera criminal (arquivamento definitivo do PIC).

Para Cármen Lúcia, a decisão do STJ foi clara ao afirmar que o uso das provas compartilhadas era inválido, uma vez que a conduta já havia sido considerada atípica no âmbito criminal.

A relatora foi seguida pelos ministros Cristiano Zanin e Luiz Fux.

Divergência

Para ministro Alexandre de Moraes, a entidade associativa estava sendo investigada na esfera civil para apurar se o padre Robson teria usado recursos arrecadados em benefício próprio, sob a atribuição cível do Ministério Público, que atua como curador de fundações.

Assim, embora o caso criminal tenha sido trancado devido ao reconhecimento da atipicidade, há independência entre as esferas civil e penal.

Além disso, o ministro destacou que o HC foi utilizado para tentar trancar o inquérito civil, o que não é viável, já que o HC se aplica a casos que afetam a liberdade de ir e vir

Como o inquérito civil pode resultar apenas em ação de ressarcimento e não em cerceamento da liberdade, o uso do remédio constitucional nesse contexto é inaplicável, uma vez que a investigação civil não interfere diretamente nos direitos fundamentais de locomoção do investigado.

Nesse sentido, votou por conhecer do agravo, anulando acórdão do STJ em virtude de não cabimento de HC para trancamento de inquérito civil, e determinando a continuidade das investigações cíveis, excetuando-se as provas afastadas na esfera criminal.

A divergência foi acompanhada pelo ministro Flávio Dino.

Caso criminal

Em 2020, o MP/GO denunciou 18 pessoas por organização criminosa destinada à obtenção de vantagem, mediante a prática de infrações penais, em prejuízo das Afipe – Associação dos Filhos do Pai Eterno.

Segundo a denúncia, o conhecido religioso padre Robson de Oliveira Pereira seria o comandante de uma “organização criminosa empresarial que se utilizava de associações e empresas para realizar apropriações indébitas, falsidades ideológicas e lavagem de capitais em benefício próprio”.

Em recurso do parquet, o TJ considerou que houve perda do objeto. O MP/GO pediu a reconsideração dessa decisão, para que o seu recurso fosse submetido ao exame de admissibilidade, para posterior remessa ao STJ, mas o pedido foi negado.

A 6ª turma do STJ negou embargos de declaração do MP e manteve decisão que arquivou ação contra o padre Robson de Oliveira por organização criminosa, lavagem e apropriação.

Processo: ARE 1.468.449

Fonte: Migalhas, link https://www.migalhas.com.br/quentes/414972/stf-mantem-arquivamento-de-inquerito-civil-contra-padre-robson

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PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa da vereadora Raíssa Lacerda, em JP, durante operação contra aliciamento violento de eleitores

A Polícia Federal realizou, na manhã desta terça-feira (10), a Operação Território Livre, voltada ao combate a crimes eleitorais em João Pessoa. Entre os alvos da ação está a vereadora e candidata à reeleição Raíssa Lacerda (PSB). Na residência da parlamentar, localizada no bairro São José, foram apreendidos dinheiro em espécie, aparelhos celulares e contracheques de servidores públicos.

De acordo com informações da Polícia Federal, a operação investiga a formação de organização criminosa e o uso de métodos violentos para coagir eleitores, com o objetivo de influenciar o resultado das eleições. A PF afirma que os envolvidos podem ser responsabilizados por constituição de organização criminosa e outros crimes relacionados às eleições.

A vereadora Raíssa Lacerda assumiu sua vaga na Câmara Municipal recentemente, após a morte do vereador Professor Gabriel, vítima de um AVC em maio deste ano. Antes disso, Raíssa atuava como secretária-executiva de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de João Pessoa.

A reportagem tentou entrar em contato com a vereadora, mas até o momento não obteve resposta.

Prefeitura nega envolvimento

Em nota oficial, a Prefeitura de João Pessoa esclareceu que nenhum imóvel ou repartição pública municipal foi alvo de busca e apreensão durante a operação. Além disso, negou que qualquer servidor público da administração esteja envolvido na investigação. A prefeitura lamentou ainda o que chamou de “tentativa de insinuar o envolvimento de autoridades do Executivo municipal em tais eventos”.

A Polícia Federal informou que, além de dinheiro, foram apreendidos documentos contendo dados pessoais de diversas pessoas que não residiam no local da busca, o que reforça as suspeitas sobre a organização criminosa. As provas coletadas, segundo a PF, serão fundamentais para a responsabilização dos envolvidos nos crimes eleitorais em investigação.

A Operação Território Livre faz parte de um conjunto de ações para combater crimes relacionados às eleições de 2024, envolvendo aliciamento de eleitores e controle de territórios para favorecer determinados candidatos.

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Helicóptero que caiu em Caruaru pertencia a empresário paraibano e uma das vítimas tinha ligação com Fernandinho Beira-Mar

As investigações sobre a queda de um helicóptero na tarde da última segunda-feira (9), em uma área de mata no bairro Nina Liberato, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, estão em andamento. De acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, que não tinha autorização para realizar voos de táxi aéreo, pertence ao empresário paraibano José Gonzaga Sobrinho, conhecido como “Deca do Atacadão”, além de outros sócios.

Segundo os registros da Anac, a aeronave, fabricada pela Robinson Helicopter, teve a “operação negada para táxi aéreo” e estava com o certificado de aeronavegabilidade cancelado. Equipes dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) chegaram ao local do acidente na manhã desta terça-feira (10) para iniciar os trabalhos de investigação sobre as possíveis causas do desastre.

Além de José Gonzaga Sobrinho, a aeronave estava registrada nos nomes de Marcelo Ricardo Freitas Gonzaga e da empresa J.F. & Filhos Combustíveis e Outros, com sede em Caruaru.

A Anac destacou que a conclusão da investigação dependerá da complexidade do caso, podendo demorar semanas ou até meses para identificar os fatores contribuintes para o acidente. As autoridades também investigam as ligações de uma das vítimas com o traficante Luiz Fernando da Costa, o “Fernandinho Beira-Mar”, mas a Polícia Federal preferiu não comentar o caso.

Vítimas do acidente

No helicóptero, estavam três ocupantes, dos quais dois morreram e um sobreviveu:

  • Raildo Rodrigues, piloto, natural de Taipu, Rio Grande do Norte (falecido);
  • André Gomes Ferreira, piloto (falecido);
  • Henrique da Cunha Santos, sobrevivente, foi levado a um hospital particular com queimaduras no corpo. O estado de saúde dele não foi divulgado até o momento.

As investigações continuam, e as autoridades seguem trabalhando para esclarecer as circunstâncias da queda da aeronave.

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Com fortes críticas às “manobras” do magistrado, TJPB prorroga afastamento de juiz por mais 6 meses; ASSISTA

Em uma sessão extraordinária marcada por duras críticas, o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) prorrogou por mais seis meses o afastamento do juiz Antônio Eugênio Leite Ferreira Neto, titular da 2ª Vara Mista da Comarca de Itaporanga. O magistrado, alvo de investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), foi inicialmente afastado em setembro de 2022 e novamente na semana passada, por decisão do desembargador Joás de Brito.

Durante a sessão, o desembargador Romero Marcelo, relator do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), expressou visível irritação ao relatar as “artimanhas” do juiz para evitar o julgamento. A prorrogação do afastamento foi aprovada pelo Pleno do TJ, que também proibiu o magistrado de acessar as dependências do fórum de Itaporanga, bem como de manter contato com juízes, assessores e utilizar os sistemas do Judiciário estadual enquanto o afastamento estiver em vigor.

O processo disciplinar contra o juiz Antônio Eugênio envolve acusações de favorecimento ao advogado Max Willy Cabral de Araújo, com quem o magistrado teria uma relação próxima. De acordo com o relatório lido em plenário, o juiz teria puxado para sua vara a análise de processos relacionados a organizações criminosas, infringindo as normas do TJ que definem a competência das unidades judiciais.

Apesar das graves acusações, o advogado de defesa, Rinaldo Mouzalas, negou qualquer irregularidade, alegando que Antônio Eugênio é conhecido por seu combate às organizações criminosas e que sempre atuou de forma eficiente. Ele afirmou ainda que não há provas de que o juiz tenha beneficiado o advogado Max Willy ou seus clientes.

O Ministério Público já apresentou denúncia criminal contra o magistrado, mas o Tribunal de Justiça ainda não analisou o caso.

O vídeo completo da sessão extraordinária pode ser acessado aqui:

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