Polícia Civil e Gaeco apreendem adolescente que espalhou falsos boatos sobre ataques de facções

Uma investigação realizada pela Polícia Civil da Paraíba e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), em parceria com o Ministério Público do Rio Grande do Norte, resultou na apreensão de um adolescente de 17 anos de idade. Ele é apontado como o autor de uma informação falsa (‘fake news’) que circulou nos últimos dias, afirmando que o estado da Paraíba seria alvo de ataques de facções criminosas. A ação foi realizada nesta quinta-feira (23/03), no município de Nova Floresta (PB).

A Delegacia de Crimes Cibernéticos (DECC) e o Gaeco identificaram a origem das mensagens e deflagraram a Operação Domo para dar cumprimento a mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário. Policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que cumpriram os mandados, apreenderam objetos eletrônicos utilizados pelo suspeito. O adolescente foi encaminhado à sede da DECC, na Central de Polícia Civil de João Pessoa, para ser ouvido sobre o caso. A justiça deverá determinar o local onde ele ficará recolhido.

De acordo com o delegado-geral, André Rabelo, a Polícia Civil está atenta à disseminação de fake news que possam gerar pânico na sociedade, tendo em vista os prejuízos que esse tipo de conduta podem causar à população. “Muita gente pensa que a internet é um território sem lei, mas isso é um ledo engano. Nós temos meios capazes de identificar exatamente de onde partem essas e outras publicações criminosas, e em parceria com o Ministério Público, estamos monitorando essas ações”, alertou André Rabelo.

Domo

A operação desta quinta-feira foi inspirada no sistema de defesa denominado Domo de Ferro, adotado por Israel, utilizado para conter ataques de nações inimigas.

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TCE-PB condena prefeito de Cacimba de Dentro, Nelinho, a pagar multa por irregularidades em contratações públicas

O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba emitiu um Acórdão APL-TC 00072/23, na última sessão realizada em 15 de março de 2023, no qual julgou parcialmente procedente a denúncia formulada pelo vereador municipal de Cacimba de Dentro, Victor Hugo de Sousa Nóbrega, contra a Prefeitura Municipal de Cacimba de Dentro.

Segundo a denúncia, a Prefeitura teria incorrido em irregularidades em contratações públicas no exercício de 2018. O relatório e voto do relator foram acatados à unanimidade de votos pelos membros do tribunal.

A gestão da Prefeitura Municipal de Cacimba de Dentro, sob a responsabilidade do prefeito Valdinele Gomes Costa, o Nelinho, foi multada em R$ 2.000,00 (31,74 UFR/PB) por supostamente ter cometido irregularidades nas contratações públicas.

O tribunal também recomendou que a Prefeitura evite a reiteração das falhas apontadas, buscando observar fidedignamente as normas legais aplicáveis à espécie, especialmente as relativas à Lei de Licitações e Contratos.

A denúncia formulada pelo vereador Victor Hugo de Sousa Nóbrega foi conhecida e comunicada ao denunciante acerca da decisão ora proferida. A gestão da Prefeitura Municipal de Cacimba de Dentro terá 60 dias para o recolhimento voluntário do valor da multa antes referenciada ao Fundo de Fiscalização Orçamentária e Financeira Municipal, sob pena de cobrança executiva, desde já recomendada, inclusive com a interveniência da Procuradoria Geral do Estado ou do Ministério Público, na inação daquela, nos termos dos parágrafos 3º e 4º, do artigo 71 da Constituição do Estado. A cobrança executiva será promovida nos 30 (trinta) dias seguintes ao término do prazo para recolhimento voluntário, se este não ocorrer.

A Prefeitura Municipal de Cacimba de Dentro ainda não se pronunciou sobre a decisão do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba.

Confira o acórdão:

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Após juiz determinar nova eleição da Mesa, presidente da Câmara de Sapé suspende sessões por suposto curto-circuito

Após o Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) convocar uma nova eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal, o então presidente Abraão Júnior suspendeu as atividades na Casa Legislativa nos próximos cinco dias, alegando ter ocorrido um curto circuito. Vereadores o acusam de manobra para tentar barrar a realização de nova eleição e destacam que ele investiu mais de R$ 30 mil na parte elétrica.

Em comunicado enviado, Abraão alega que o curto-circuito no sistema elétrico da casa impossibilita o funcionamento da Câmara e dos trabalhos legislativos nos próximos dias e marca o retorno para segunda-feira (27).

O aviso do suposto incidente só foi feito após a decisão do TJPB, que viu a recondução do presidente como contrária aos regramentos impostos pela nova redação da Lei Orgânica Municipal (LOM) combinada com o art. 18, caput e §2º do Regimento Interno da Câmara. Assim, o TJPB decidiu por anular a eleição realizada em afronta à legislação, com a convocação de nova eleição.

Com a decisão, a Câmara de Sapé terá que realizar uma nova eleição para a Mesa Diretora referente ao biênio 2023/2024. Porém, por conta do ‘curto circuito’, a medida só poderia ocorrer na próxima semana.

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Flávio Dino apresenta queixa-crime contra Cabo Gilberto por por postagem associando-o ao crime organizado

O deputado paraibano Cabo Gilberto Silva (PL-PB) está entre os parlamentares que serão alvo da notícia-crime que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, ingressará no Supremo Tribunal Federal (STF) contra seis parlamentares de oposição.

O objetivo da notícia-crime é combater as postagens nas redes sociais que associam o ministro Flávio Dino ao crime organizado após sua visita ao Complexo de Favelas da Maré, no Rio de Janeiro. Flávio Dino cumpriu agenda na localidade na semana passada, quando se reuniu com líderes comunitários.

Flávio Dino argumenta que as postagens propagam uma série de mensagens de cunho racista e preconceituoso, que acabam criminalizando o Complexo da Maré, que reúne 16 comunidades onde vivem mais de 140 mil pessoas. De acordo com o ministro, os ataques sofridos podem configurar crimes de calúnia, difamação, racismo e associação criminosa.

Inicialmente, Flávio Dino preferia tratar o assunto na esfera política, mas diante da repercussão “deletéria e nociva” contra a comunidade da Maré e outras comunidades, optou por ingressar com a notícia-crime no STF. O ministro alertou que os parlamentares que propagam esse tipo de preconceito estão estimulando a violência e a chacina.

A representação do ministro da Justiça também incluiu o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), além dos deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ), Paulo Bilynskyj (PL-SP) e Otoni de Paula (MDB-RJ) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES).

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Após 11 anos de impunidade, Victor Souto da Rosa responderá em júri popular por atropelar e matar jovens no Cabo Branco

Por unanimidade, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba rejeitou mais um recurso da defesa de Victor Souto da Rosa, réu pronunciado pelos assassinatos dos jovens Rafael Paiva de Freitas Patriota e Daniel Guimarães Ramos. Os crimes aconteceram no dia 15 de dezembro de 2011, na Rua Frutuoso Dantas, Bairro do Cabo Branco, em João Pessoa. Na tarde desta terça-feira (14), sob a relatoria do desembargador Joás de Brito Pereira Filho, o Colegiado negou provimento aos Embargos de Declaração nº 0001162-30.2012.8.15.2002.

O recurso tinha a finalidade de esclarecer contradição ou omissão ocorrida em decisão proferida por juiz, mas a Câmara Criminal manteve o entendimento da decisão do Juízo do 2º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa de levar a Júri Popular o réu Victor Souto da Rosa. Ele foi pronunciado pela prática, em tese, do delito descrito no artigo 121, § 2º, II, III e IV do Código Penal (duas vezes). “Não existe nenhuma obscuridade, omissão ou contradição na decisão”, comentou o desembargador Joás de Brito Pereira Filho.

Consta nos autos, que na madrugada dos crimes, o réu passou por cima das vítimas, utilizando uma caminhonete Nissan Frontier.  Ainda segundo a ação penal, uma das câmeras da Rua Frutuoso Dantas, no Bairro Cabo Branco, registrou o momento em que as vítimas foram atropeladas e arrastadas. Daniel Guimarães morreu ainda no local e Rafael Patriota chegou a ser socorrido, mas morreu no hospital.

Em novembro do ano passado, a Câmara Criminal já tinha negado o Recurso Criminal em Sentido Estrito nº 0001162-30.2012.8.15.2002, também impetrado pela defesa alegando “que a magistrada de 1º Grau decidiu pela submissão do réu ao Júri Popular de maneira parcial, em relação aos laudos de insanidade mental do acusado”.

O relator do recurso, desembargador Joás de Brito Pereira Filho, afirmou que a decisão que homologa o laudo de incidente de insanidade mental é impugnável mediante recurso de apelação, o que não foi feito pela defesa. “Afigura-se contraditória a atitude do insurgente que, podendo recorrer da decisão que homologou o laudo do perito oficial, não o fez, deixando precluir a questão, para, posteriormente, apontar quebra de imparcialidade do juízo.

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Despesas não comprovadas fazem TCE-PB reprovar contas de 2020 da já falecida ex-presidente da Câmara de Cabedelo

A 2ª Câmara do Tribunal de Contas da Paraíba, reunida na manhã desta terça-feira (14) sob a presidência do conselheiro André Carlo Torres Pontes, desaprovou as contas de 2020 apresentadas pela já falecida ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cabedelo, Maria das Graças Carlos Rezende, a quem impôs o débito de R$ 48.243,79 por despesas irregulares. Cabe recurso da decisão tomada conforme voto do conselheiro Arnóbio Viana, relator do processo.

Despesas não licitadas e outras sem comprovação acarretaram a reprovação, também, das contas de 2016 oriundas do Serviço de Água e Esgoto de Alagoinha com imposição do débito de R$ 23 mil ao gestor Francelino Cabral de Melo. Também foi relator desse processo, do qual ainda cabe recurso, o conselheiro Arnóbio Viana.

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EXCLUSIVO: Mais um juiz se declara suspeito e recusa julgar ações contra o réus da Operação Calvário

Mais um juiz se declarou suspeito para julgar ações contra réus da Operação Calvário. Desta vez, quem se averbou suspeito por “motivo de foro íntimo” foi o juiz titular da 6ª Vara Criminal da Capital, Rodrigo Marques Silva Lima.

Em mais ou menos um ano e meio, Rodrigo é o 10º juiz a recusar julgar as ações por suspeição.

Somente na ação movida por falsidade ideológica, foram seis os juízes que se consideraram suspeitos para prosseguir com o julgamento: Shirley Abrantes Moreira Régis (em 2/9/21); Antônio Maroja Limeira Filho (em 13/9/21); Ana Carolina Tavares Cantalice (em 20/9/21); Isa Monia Vanessa de Freitas Paiva (em 5/9/21); José Márcio Rocha Galdino (em 8/4/22); e Marcos William de Oliveira (em 11/4/22). Um sétimo, Marcial Henrique Ferraz da Cruz, mandou o processo retornar à 6ª Vara Criminal de João Pessoa em 14/3/22.

Já o processo que foi remetido para a Justiça Eleitoral por determinação de Gilmar Mendes soma outras três desistências pelo mesmo motivo alegado pelos magistrados da área criminal: “foro íntimo”. Magnogledes Ribeiro Cardoso (em 7/3/22), Onaldo Rocha de Queiroga (em 30/3/22) e Hermance G. Pereira (em 11/4/22), num período de 34 dias, também desistiram de julgar as acusações feitas pelo Gaeco.

O número elevado de suspeições fez o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco-MPPB), peticionar pela designação de um novo juiz para o caso alegando lentidão processual.

Pelo visto, a novela vai continuar.

Confira o documento:

2023-03-10T11-52-40-Despacho

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