A cidade de Campina Grande assiste, com indignação crescente, à paralisia da Câmara Municipal diante do segundo pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possível corrupção e improbidade administrativa na Secretaria Municipal de Saúde. Já são dois requerimentos formais, apresentados por onze vereadores da oposição, e a Mesa Diretora, presidida por Saulo Germano, segue sem tomar qualquer providência concreta.
O silêncio da presidência, neste momento, soa como conivência. O regimento interno da Câmara é explícito: cumpridos os requisitos formais, a CPI deve ser instaurada imediatamente. A omissão em fazê-lo diante de indícios tão sérios e repetidos não é apenas uma falha política — é uma afronta ao dever constitucional de fiscalização e uma desonra à confiança do povo campinense.
O cenário da Saúde municipal é de caos em todas as esferas. Nos últimos meses, este portal revelou unidades básicas sem insumos, falta de médicos em plantões essenciais, atrasos salariais, pagamentos irregulares a prestadores de serviço, contratações emergenciais sem licitação, possível superfaturamento, serviços não executados, e estruturas hospitalares em colapso. A cada nova denúncia, cresce a sensação de que a gestão municipal transformou a Saúde em um território de descontrole e privilégios, com pouca ou nenhuma transparência sobre o uso dos recursos públicos.
Diante desse quadro alarmante, a instalação da CPI da Saúde não é mais uma escolha política — é uma obrigação moral e institucional. Ignorar o segundo pedido de investigação é ignorar o sofrimento da população e compactuar com possíveis esquemas de desvio e má gestão.
Campina Grande exige transparência, respostas e responsabilidade. E o primeiro passo é abrir a CPI sem mais delongas. O presidente Saulo Germano tem o dever de mostrar que a Câmara Municipal não se ajoelhou diante do poder, nem se tornou cúmplice do desmonte administrativo e ético que vem assolando a cidade.
Se a presidência continuar em silêncio, a história registrará o nome de quem teve a chance de investigar e preferiu se omitir. E, neste caso, omissão será sinônimo de cumplicidade.
Campina Grande observa. E não vai perdoar quem virar as costas diante de possível corrupção e improbidade administrativa enquanto a Saúde pública da cidade desmorona.
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