Notícias

Há nomes que o tempo tenta apagar — mas o tempo, às vezes, fracassa. Ricardo Coutinho é um desses nomes

O ex-governador que conheceu o topo e o abismo agora volta a caminhar pela Paraíba com o vigor de quem não deve mais nada ao passado. Há quem o veja como sobrevivente; há quem o veja como ameaça. Mas há algo que ninguém pode negar: ele está vivo politicamente.

E essa é, talvez, a maior heresia do poder na Paraíba.
Depois de ter sido quase enterrado vivo — política, judicial e moralmente – Ricardo ressurge. Reencontra o povo, os sindicatos, os becos, as feiras, os olhos cansados que ainda o escutam. E, surpreendentemente, volta a despertar algo que a política local já havia perdido: expectativa.
O que ele representa agora não é apenas um projeto, mas um símbolo.
A resistência contra a máquina que tentou esmagá-lo.

A reabilitação de uma narrativa que o sistema tentou interditar.

Ricardo Coutinho sempre dividiu a Paraíba. Foi amado e odiado com igual intensidade. Mas em 2025, o que se vê é algo mais profundo: a reconfiguração de sua figura diante da História. O homem que ousou enfrentar as oligarquias volta a andar com o povo — e é recebido, muitas vezes, como quem retorna de um exílio injusto.

Há um detalhe que incomoda os poderosos: o carisma não envelheceu.

A retórica continua afiada.
E a capacidade de mobilizar — intacta.

A Paraíba política, previsível em suas alianças e mesquinha em sua memória, assiste com surpresa ao reerguimento de quem se recusou a pedir perdão por existir. E não será espanto se, em 2026, ele alcançar a maior votação já vista para um deputado federal no estado. Porque há algo que o poder nunca entendeu: o povo tem uma memória seletiva, mas guarda fidelidade a quem, um dia, fez sentir-se parte de algo maior.

Não se sabe se vencerá. Mas uma coisa é certa:
ele voltou.
E voltou grande.

FONTE: EDITORAL DO PARAÍBA 2.0

You Might Also Like