O assassinato do vereador Peron Filho (MDB), morto a tiros em setembro no município de Pedro Régis, no Litoral Norte da Paraíba, voltou a ganhar destaque nesta quinta-feira (30) após a deflagração da Operação Parlamento, que resultou na prisão de cinco pessoas suspeitas de envolvimento no crime. A repercussão do caso foi tamanha que chegou a ser destaque na CNN Brasil e em outros veículos nacionais.
A ação foi coordenada pela Polícia Civil da Paraíba (PCPB) em parceria com a Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN). Entre os presos estão dois secretários municipais de Jacaraú (PB), apontados como possíveis articuladores do homicídio. Os mandados foram cumpridos simultaneamente nos dois estados — dois suspeitos foram detidos na Paraíba e três no Rio Grande do Norte.
De acordo com as autoridades, a investigação é conduzida pela 7ª Delegacia Seccional de Mamanguape, com o apoio da Draco (Delegacia de Repressão ao Crime Organizado), da Unintelpol (Unidade de Inteligência Policial) e do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Além das prisões, a operação também cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados.
O crime
O crime aconteceu na noite de 15 de setembro, por volta das 19h30, quando Peron Filho retornava para casa em uma motocicleta, após participar de uma partida de futsal em um distrito de Jacaraú. Ele foi atingido por três disparos nas costas e morreu ainda no local.
Reeleito em 2024 com 702 votos, o parlamentar era o terceiro vereador mais votado da Câmara Municipal de Jacaraú. Conhecido por sua atuação em defesa da causa animal, Peron foi um dos fundadores de uma ONG dedicada ao resgate e adoção de animais abandonados.
Em nota à CNN Brasil, a Polícia Civil da Paraíba informou que a motivação do crime ainda está sob investigação, e que não está descartada a hipótese de motivação política.
