A formação da federação União Progressista, que reúne o PP e o União Brasil, praticamente define o rumo da legenda na Paraíba: o bloco deve marchar com a candidatura de Efraim Filho (União) ao governo do Estado em 2026. O movimento nacional fecha o caminho para o vice-governador Lucas Ribeiro (PP), que vinha tentando viabilizar seu nome com o apoio do presidente Lula.
No plano nacional, a federação tem como objetivo lançar a chapa Tarcísio de Freitas (Republicanos) para a Presidência, tendo Ciro Nogueira (PP) como vice. A costura coloca a União Progressista no campo da oposição a Lula e consolida sua aliança com a direita. Nesse cenário, apoiar o petista na Paraíba deixa de ser uma opção viável para o PP de Lucas Ribeiro, que se vê obrigado a repensar seus caminhos e até mesmo considerar outra legenda para sustentar sua candidatura.
Com a decisão, a candidatura de Efraim Filho ganha força, já que a União Progressista deverá caminhar unida com o União Brasil e o PL, consolidando o palanque bolsonarista no Estado. Por outro lado, a movimentação abre espaço para a tese defendida pelo presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (Republicanos), de que Lula pode ficar sem um palanque estruturado na Paraíba. Nesse contexto, Galdino se fortalece como alternativa importante dentro da base governista.
A definição da federação nacional não apenas redesenha o xadrez eleitoral local, como também amplia a pressão sobre Lucas Ribeiro, que pretendia ser o candidato de Lula na Paraíba. Com o caminho fechado no PP, sua candidatura se complica, e o tabuleiro estadual ganha novos contornos a menos de um ano das convenções partidárias.