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Empresário que manda e desmanda no São João de Patos está na planilha do “Rei do Lixo”, suspeito de desviar quase R$ 1 bi de dinheiro público

O empresário que comanda o São João de Patos com total influência sobre estrutura, contratações e programação está no centro de uma investigação da Polícia Federal. Ele aparece em uma planilha apreendida na Operação Overclean, que desmonta um esquema bilionário de corrupção envolvendo fraudes em licitações, desvio de emendas parlamentares e lavagem de dinheiro — e que tem como peça-chave o empresário Alex Rezende Parente, conhecido como “Rei do Lixo”.

Ligado politicamente ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e ao prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos) — que é pai de Motta —, o empresário operava, segundo a PF, ao lado do cantor e produtor Netinho Lins. Netinho foi apontado como responsável pelo repasse de mais de R$ 25 milhões para a Paraíba, incluindo R$ 2,2 milhões especificamente para Patos. Ele é citado como homem de confiança do líder do esquema.

A planilha mostra como os recursos eram desviados por meio de emendas parlamentares e contratos fraudados, beneficiando empresários ligados a políticos do Centrão. Apesar da gravidade das suspeitas e da repercussão da investigação, o empresário continua atuando livremente em eventos públicos, com respaldo político e prestígio local.

A Operação Overclean já apurou o desvio de mais de R$ 824 milhões em recursos públicos e avança sobre figuras ligadas à Codevasf, como o ex-presidente Marcelo Moreira, alvo de buscas recentes em Brasília e Salvador.

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