Com a candidatura de Lucas Ribeiro ao governo da Paraíba em 2026 dada praticamente como certa, surge uma dúvida que poucos ousam verbalizar, mas que muita gente já cochicha nos bastidores: quem, em sã consciência, toparia ser vice dele sabendo que em 2030 não haverá espaço algum para sonhar com a sucessão?
A resposta é simples — e incômoda para alguns: o sucessor natural de Lucas, caso ele seja eleito e reeleito, será o deputado federal Aguinaldo Ribeiro, seu tio e mentor político.
A conta é fácil de fazer. Lucas se reelege em 2026, se reelege em 2030 e, ao fim de seu segundo mandato, estará impedido de tentar um terceiro. E quem estará ali, ao lado, com currículo, articulação e sangue do governador correndo nas veias? Aguinaldo.
Ser governador da Paraíba é um sonho antigo de Aguinaldo. Um desejo alimentado há muitos anos e que nunca encontrou o cenário ideal. Agora, ele constrói esse caminho com inteligência e paciência, ao impulsionar a carreira do sobrinho, que hoje é vice-governador e caminha firme rumo ao Palácio da Redenção.
Alguém acredita, sinceramente, que Lucas escolheria um sucessor que não fosse o próprio tio — justamente o homem que bancou sua entrada na política e ainda o sustenta politicamente até hoje? Alguém acredita que ele abriria mão de fechar o ciclo familiar no poder?
Portanto, aos que sonham com a vaga de vice em 2026, é bom ajustar as expectativas. A cadeira pode parecer promissora, mas o caminho à frente já tem dono com sobrenome Ribeiro. Não custa lembrar: a fila para o Governo da Paraíba em 2030 pode estar cheia, mas só um tem as chaves da porta da frente.
Perguntar não ofende. Mas incomoda, e muito.