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Megaoperação nacional mira célula do Comando Vermelho com ramificações na Paraíba; mandados foram cumpridos em JP e Cabedelo

Uma megaoperação deflagrada nesta terça-feira (13) pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e pela Polícia Civil resultou no cumprimento de mandados de prisão em vários estados do país, incluindo a Paraíba. Em João Pessoa e Cabedelo, os alvos foram integrantes de uma célula interestadual do Comando Vermelho (CV), facção criminosa com atuação nacional.

Embora os nomes dos investigados não tenham sido divulgados, as autoridades apontam que os paraibanos detidos fazem parte de um braço operacional da facção responsável por fornecer drogas, armas e por articular a expansão territorial do grupo. Os criminosos, segundo as investigações, eram “importados” de outros estados por suas habilidades específicas.

A operação, batizada de Contenção, tem como foco desmantelar a complexa estrutura logística que abastece o Comando Vermelho com armamento pesado e entorpecentes. Ao todo, foram expedidos 22 mandados de prisão. As ações ocorreram também no Rio de Janeiro (nas cidades de Maricá, Resende e na capital), em São Paulo, Mato Grosso e Rondônia.

Um dos principais alvos foi uma mansão no condomínio de alto padrão Novo Leblon, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. No local, as equipes apreenderam armas de grosso calibre e dinheiro em espécie. O total de apreensões ainda está sendo contabilizado.

A investigação conduzida pelo Gaeco aponta que a base da facção está instalada em comunidades já conhecidas por seu histórico de violência, como a Muzema, Cidade de Deus, Complexo do Alemão e Penha, no Rio de Janeiro. A ramificação para outros estados, incluindo a Paraíba, fazia parte do plano de ampliação das atividades do CV, inclusive em áreas de disputa com milícias.

Além do tráfico de drogas e armas, o esquema envolve crimes como lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Em apenas um mês, o grupo movimentou cerca de R$ 5 milhões, conforme levantamento da Polícia Civil. A Justiça determinou o bloqueio de aproximadamente R$ 40 milhões em bens e valores ligados a pessoas físicas e jurídicas integrantes do esquema criminoso. Em fases anteriores da Operação Contenção, já haviam sido bloqueados mais de R$ 6 bilhões.

Os investigados devem responder por associação para o tráfico interestadual com uso de armamento restrito, comércio ilegal de armas e outros crimes conexos. As investigações continuam, com o objetivo de atingir o núcleo financeiro e operacional da facção em todo o país.

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