O julgamento de Taciana Ribeiro Coutinho, acusada de envolvimento no homicídio de Helton Pessoa, foi novamente adiado. O Ministério Público da Paraíba, com o apoio dos assistentes de acusação Daniel Alisson e Milera Cristina, pediu o desaforamento do júri, que estava marcado para acontecer na cidade de Sapé.
De acordo com o MP e os assistentes, durante a semana surgiram denúncias de tentativas de manipulação do júri, especialmente devido ao grande poder político, financeiro e social exercido por Taciana e sua família. A família de Taciana, que emprega mais de 300 pessoas no município, tem uma forte presença na região. O pai de Taciana já foi prefeito de Sapé, o que aumenta ainda mais a influência da família na cidade.
Diante desse cenário de suspeita sobre a imparcialidade do julgamento, o pedido de desaforamento foi acolhido pela magistrada de primeiro grau. Agora, o pedido aguarda decisão do Tribunal de Justiça da Paraíba. Caso o desaforamento seja aceito, o julgamento pode ser transferido para a cidade de João Pessoa, o que ainda não está confirmado.
Daniel Alisson, assistente de acusação, destacou a importância da decisão. “A medida é altamente sensata, dada a força política e social da ré, que comprometeria a imparcialidade dos jurados”, afirmou.
Já se passaram cinco anos desde o homicídio de Helton Pessoa, e o adiamento do júri prolonga ainda mais a espera por justiça. Com o pedido de desaforamento, a conclusão do caso pode levar pelo menos mais um ano, o que aumenta a angústia da família de Helton, que aguarda ansiosamente por uma resposta judicial.
Apesar dos contratempos, a acusação segue firme na busca pela responsabilização de Taciana e reafirma seu compromisso em garantir que a memória de Helton Pessoa não seja esquecida. “Não mediremos esforços para que a justiça seja feita”, afirmou Alisson.