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PERGUNTAR NÃO OFENDE: João tem força política para ser senador e ainda lançar Deusdete ao governo?

O governador João Azevêdo (PSB) pode estar mirando uma candidatura ao Senado em 2026 e, ao mesmo tempo, articulando para que o secretário Deusdete Queiroga seja o nome do PSB ao Governo do Estado. Mas será que João tem todo esse prestígio político para ocupar duas posições de destaque na chapa e ainda garantir a unidade da base aliada?

Dois nomes do PSB: possível ou inviável?
Historicamente, as chapas majoritárias exigem equilíbrio entre os partidos aliados para evitar ruídos e manter a coesão política. Colocar dois nomes do PSB em posições de destaque — Senado e Governo — não seria uma tarefa simples, especialmente considerando as forças políticas que compõem a base de João. Afinal, o PP, de Aguinaldo Ribeiro, Danielle Ribeiro e Lucas Ribeiro, e o Republicanos, de Hugo Motta e Adriano Galdino, também têm ambições legítimas de protagonismo em 2026.

João estaria disposto a enfrentar a insatisfação de aliados para emplacar Deusdete? E mais: Deusdete, apesar de ser uma figura técnica e reconhecida dentro do governo, teria o peso político necessário para liderar uma campanha majoritária sem que a base rachasse?

O PP e o Republicanos vão aceitar?
O PP, comandado pelos irmãos Ribeiro, tem forte influência política e já demonstrou apetite por cargos majoritários. Lucas Ribeiro, atual vice-governador, é um nome que naturalmente surge nas conversas sobre a sucessão estadual. Seria o PP apenas coadjuvante em 2026?

E o Republicanos? O partido, sob a liderança de Hugo Motta e Adriano Galdino, também não parece disposto a abrir mão de protagonismo. Galdino, inclusive, já deixou claro que está construindo sua pré-candidatura ao governo e só recuará caso seja convencido por um nome com mais força política. Será que o Republicanos aceitaria compor a chapa sem a cabeça de disputa?

A base resistiria a essa configuração?
Para viabilizar dois nomes do PSB na chapa, João Azevêdo precisaria de um poder de articulação excepcional. Além disso, teria que garantir aos aliados papéis relevantes na composição, seja na vice-governadoria ou na suplência ao Senado. A questão é: mesmo com esses movimentos, o PP e o Republicanos aceitariam ficar em segundo plano?

No final das contas, o projeto de João pode enfrentar resistência interna. Afinal, construir uma chapa vitoriosa não é apenas uma questão de quem merece ou quem tem resultados para apresentar, mas também de quem tem força política e capacidade de unificar a base em torno de um propósito comum.

Perguntar não ofende: João Azevêdo realmente tem esse cacife político todo para garantir uma candidatura ao Senado e ainda lançar Deusdete ao governo sem fragmentar sua base? Ou será que PP e Republicanos terão a palavra final na sucessão de 2026?

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