A Polícia Civil da Paraíba, por meio da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), deflagrou na manhã desta quinta-feira, 28 de novembro, a Operação “Rastro do Cangaço”. A ação visa desarticular uma organização criminosa especializada em ataques a instituições financeiras e empresas de transporte de valores, conhecida pelo modus operandi do “novo cangaço”.
A operação, resultado de mais de três anos de investigação, cumpriu 23 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão em sete estados brasileiros: Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão, Goiás e Distrito Federal. A força-tarefa contou com o apoio de diversas polícias civis e militares, além da unidade de inteligência Unintelpol/PCPB.
Balanço da operação
Até o momento, 19 pessoas foram presas e um suspeito morreu em confronto com as forças policiais no estado da Bahia antes do início da operação. Foram apreendidas dez armas de fogo, incluindo fuzis, explosivos e munições. Segundo o delegado-geral da Polícia Civil da Paraíba, mais detalhes serão divulgados em uma coletiva de imprensa marcada para 11h15, na Delegacia-Geral, localizada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.
Rede criminosa nacional
A operação “Rastro do Cangaço” integra a iniciativa nacional Renorcrim, articulada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com foco no combate a organizações criminosas. Durante as investigações, a DRACO identificou uma estrutura criminosa sofisticada, com líderes responsáveis pelo planejamento e execução de ataques a carros-fortes e bancos em diferentes estados, como os assaltos recentes em Brejinho (PE), Parnamirim (PE), Bom Lugar (MA) e Bacabal (MA).
Casos de destaque na Paraíba
Entre as ações recentes investigadas pela DRACO na Paraíba, destacam-se:
- Cubati (2021): A polícia impediu um ataque a agências bancárias em Taperoá. O confronto resultou na morte de sete criminosos e na apreensão de armas e explosivos.
- Cabaceiras (2023): Uma operação prendeu cinco pessoas ligadas a ataques a carros-fortes e apreendeu materiais explosivos.
- Malta (2024): Após confronto com criminosos, cinco pessoas foram presas, e armas de grosso calibre, incluindo um fuzil .50, foram apreendidas.
Organização criminosa e modus operandi
A quadrilha investigada pela DRACO é descrita como altamente estruturada e armada. Seus membros operam em rede, envolvendo criminosos de diversos estados e utilizando veículos roubados, armas de grosso calibre, explosivos e grampos para realizar os ataques.