O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba (CRM-PB) emitiu uma nota reafirmando que os anestesistas envolvidos no caso conhecido como “Cartel do HNSN” estão respondendo a um processo ético-profissional no órgão. A investigação foi aberta após denúncias de que os médicos estariam realizando mais de 400 anestesias simultâneas, prática que infringe o Código de Ética Médica.
De acordo com os documentos enviados pela Cooperativa de Anestesiologistas (Coopanest), há comprovação da realização dessas anestesias em simultâneo. Além disso, um inquérito sigiloso está em andamento no Ministério Público Estadual para investigar as mesmas práticas.
O CRM-PB iniciou a sindicância de ofício, ou seja, sem provocação formal, no dia 23 de maio de 2022, logo após a divulgação das denúncias pela imprensa. O processo ético-profissional foi instaurado rapidamente, em apenas 18 dias, dada a gravidade das acusações. Atualmente, o processo está em fase de apuração, garantindo amplo direito de defesa aos médicos denunciados.
O Conselho ressalta que o procedimento está sendo conduzido com zelo e cautela, a fim de evitar julgamentos precipitados ou falhas processuais. O CRM-PB está empenhado em apurar os fatos de maneira responsável e prudente, em conformidade com a legislação vigente, para evitar pré-julgamentos sobre a conduta profissional dos médicos envolvidos.
A nota do CRM-PB destaca ainda a importância de não divulgar informações prévias sobre casos em andamento, citando o trágico desfecho de um caso envolvendo um médico no estado do Piauí, onde o profissional faleceu enquanto sua conduta profissional era questionada. O Conselho enfatiza sua responsabilidade e ética, prezando pela dignidade da boa Medicina.
O Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba reforça seu compromisso em realizar uma investigação imparcial e completa, garantindo que todas as partes envolvidas tenham a oportunidade de se defender. A conduta profissional dos médicos está sob escrutínio, e o órgão está empenhado em assegurar a integridade do exercício da Medicina e a proteção dos pacientes.
Confira a nota do CRM-PB:
