Após um ano da abertura da sindicância pelo Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), não há nenhuma novidade sobre o caso escandaloso envolvendo os médicos expulsos pelo Conselho de Ética da Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba (COOPANEST-PB) por práticas de cartel, anestesia simultânea e outras irregularidades. Em contato com o Blog, o CRM-PB informou que a sindicância tem o prazo de até 5 anos para ser concluída. A promotora Priscylla Maroja, responsável pela defesa do consumidor na capital, também informou que não comentará o inquérito aberto sob número 002.2022.031606 para investigar o caso, pois ele ainda não foi concluído e segue em sigilo.
O presidente do Conselho Regional de Medicina, Dr. João Modesto Filho, destacou o caso dos médicos expulsos durante entrevista ao programa Paraíba Verdade, da Rádio Arapuan, na terça-feira (24). Dr. João informou que uma sindicância foi aberta para investigar profundamente o caso e que os trabalhos da sindicância deveriam começar no mesmo dia. Ele ressaltou que todas as pessoas envolvidas serão ouvidas, considerando tanto o ponto de vista legal de justiça quanto a defesa, para determinar se deve ser aberto um processo ético profissional contra os envolvidos, caso haja alguma culpa. O presidente do CRM-PB destacou que o desdobramento do caso seguirá os termos do código de ética.
O grupo de profissionais expulsos vem cartelizando o serviço no hospital há 3 anos, proibindo outros anestesistas, que trabalham há anos com suas próprias equipes, de exercerem suas atividades. Eles realizam anestesias simultâneas em duas salas para lucrar com os dois procedimentos, negligenciando os pacientes na recuperação anestésica, causando-lhes dor e mal-estar, mesmo recebendo pagamento por esses plantões. Outra irregularidade cometida é a falsidade ideológica e o estelionato em fichas de anestesia, realizados por profissionais não conveniados.
Após todos os recursos e direitos de defesa dos acusados, a COOPANEST-PB decidiu, em assembleia extraordinária, pela expulsão dos anestesistas José Bonifácio Imperiano, Aníbal Costa Filho, Daniel Imperiano, Edmilson Gomes Filho, Davidson Barbosa e Rodrigo Vital. A votação resultou em 88 votos a favor e 15 contra a expulsão. Os médicos afirmaram que o esquema era organizado pelo próprio hospital, pelo gerente de marketing Cláudio Pessoa. No entanto, mesmo com essas revelações chocantes, após um ano da abertura da sindicância, ainda não há novidades sobre as investigações em andamento.
A expectativa da sociedade e de pessoas que atuam na área é que os médicos tenham a sua CRM-PB cancelada para evitar futuros danos coletivos. O Poder PB seguirá acompanhando o caso para evitar que uma possível impunidade aconteça.