Mais um juiz se declarou suspeito para julgar ações contra réus da Operação Calvário. Desta vez, quem se averbou suspeito por “motivo de foro íntimo” foi o juiz titular da 6ª Vara Criminal da Capital, Rodrigo Marques Silva Lima.
Em mais ou menos um ano e meio, Rodrigo é o 10º juiz a recusar julgar as ações por suspeição.
Somente na ação movida por falsidade ideológica, foram seis os juízes que se consideraram suspeitos para prosseguir com o julgamento: Shirley Abrantes Moreira Régis (em 2/9/21); Antônio Maroja Limeira Filho (em 13/9/21); Ana Carolina Tavares Cantalice (em 20/9/21); Isa Monia Vanessa de Freitas Paiva (em 5/9/21); José Márcio Rocha Galdino (em 8/4/22); e Marcos William de Oliveira (em 11/4/22). Um sétimo, Marcial Henrique Ferraz da Cruz, mandou o processo retornar à 6ª Vara Criminal de João Pessoa em 14/3/22.
Já o processo que foi remetido para a Justiça Eleitoral por determinação de Gilmar Mendes soma outras três desistências pelo mesmo motivo alegado pelos magistrados da área criminal: “foro íntimo”. Magnogledes Ribeiro Cardoso (em 7/3/22), Onaldo Rocha de Queiroga (em 30/3/22) e Hermance G. Pereira (em 11/4/22), num período de 34 dias, também desistiram de julgar as acusações feitas pelo Gaeco.
O número elevado de suspeições fez o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco-MPPB), peticionar pela designação de um novo juiz para o caso alegando lentidão processual.
Pelo visto, a novela vai continuar.
Confira o documento:
2023-03-10T11-52-40-Despacho