Ao contrário da narrativa oficial do Governo do Estado, de que o presidente da Cinep (Companhia de Desenvolvimento da Paraíba), Rômulo Polari Filho, teria ido para a Secretaria de Estado de Turismo como uma espécie de ‘promoção’ pelo seu bom trabalho à frente da Companhia, acumulando as duas funções, a realidade é extremamente oposta.
A Cinep teve no biênio 2019/2020, primeiro de Rômulo à frente da Companhia, queda de receita operacional de cerca de 40% com relação ao biênio 2017/2018, quando quem presidia a entidade era Tatiana Domiciano.
Os números não mentem: em 2017, a empresa teve receita operacional de R$ 4,84 milhões e, em 2018, R$ 5,13 milhões. Já com Polari Filho, a empresa teve uma queda vertiginosa de receita, faturando apenas R$ 2,32 milhões em 2019 e R$ 3,78 em 2020.
Informações de bastidores dão conta de que, em virtude do desempenho fraco da Cinep, o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), Adriano Galdino (PSB), já pedia a cabeça de Rômulo Polari Filho a João Azevêdo (Cidadania) há meses e chegou, inclusive, a levar o presidente da Fiep (Federação das Indústrias do Estado da Paraíba), Buega Gadelha, e empresários para se reunirem com o governador para alertá-lo de que, futuramente, ele poderia ser visto como incompetente nesta área se não mudasse o comando da Cinep.
Com o desembarque da Família Feliciano do Governo, João viu a oportunidade perfeita de resolver o problema sem gerar atrito político. A tendência é que, nos próximos dias, ele anuncie um nome novo para presidência da Cinep e Polari Filho fique apenas na Secretaria de Turismo, onde a sua incompetência em gerar lucro para uma empresa pública não fará diferença.