A CPI da Covid no Senado volta a ouvir, nesta terça-feira (8), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que já prestou um depoimento à comissão há cerca de um mês. Os senadores devem questioná-lo sobre a suposta influência de um “gabinete paralelo” nas decisões do governo Jair Bolsonaro (sem partido) na condução das medidas para combater a pandemia de Covid-19.
Outro tópico que deve ser abordado pelos parlamentares são as condições sanitárias para a realização da Copa América no Brasil. O país deve sediar a competição a partir do próximo domingo (13), depois que Colômbia e Argentina desistiram de ser países sede.
Queiroga é o primeiro interrogado a voltar para prestar um novo depoimento à comissão, após sua primeira oitiva ter sido considerada contraditória e evasiva por alguns senadores.
“O depoimento do ministro Marcelo Queiroga foi contraditório em diversos aspectos. Um deles diz respeito à afirmação de que, na gestão dele, não há promoção do uso da hidroxicloroquina para tratamento da Covid. Todavia, o ministro, até o presente momento, não revogou a portaria do Ministério da Saúde que prescreve o uso da medicação para este fim, mesmo sabendo-se que a medicação não possui eficácia”, disse o vice-presidente da CPI, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
O ministro da Saúde também poderá ser questionado a respeito de afirmações feitas pela infectologista Luana Araújo, que prestou depoimento na semana passada. Ela disse que foi comunicada pelo próprio ministro de que seu nome havia sido rejeitado pelo governo, sem justificativa concreta, para chefiar a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid.
Do IstoÉ