O uso eleitoreiro do Hospital Materno Infantil João Marsicano, de responsabilidade do município de Bayeux, por parte da prefeita Luciene de Fofinho (PDT), pode causar a sua cassação na Justiça Eleitoral da Paraíba.
A denúncia que foi enviada ao promotor Demétrius Castor de Albuquerque, responsável pela 61ª Zona Eleitoral, foi feita por uma médica ao Sindicato de Médicos do Estado da Paraíba (Simed-PB) no meio das eleições do ano passado, que acabaram com a vitória de Fofinho. Ela dá conta, principalmente, da mudança de cartões do SUS de pacientes de João Pessoa e Santa Rita para o município com a finalidade de angariar votos.
De acordo com a denunciante, que não teve seu nome divulgado, ocorreu ainda a alteração no hospital para que passasse a atendimentos ginecológicos “quando a unidade habitualmente trata apenas de casos obstétricos, realizando mutirões sem qualquer capacidade técnica, chegando-se ao ponto de assediar os profissionais de saúde, interferindo inclusive nas condutas médicas, ferindo a autonomia técnica dos profissionais”.
Outro fato registrado na denúncia que hoje está anexada a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) da Saúde contra Luciene de Fofinho é o atendimento a gestantes com suspeita de covid sem a menor estrutura no hospital, inclusive, de equipamentos de proteção individual (EPI) para os profissionais de saúde. Tudo isso, de acordo com a denúncia, com os fins eleitoreiros.
Confira:
OF 131-2020 - Promotoria Eleitoral da 61ª Zona Eleitoral - Bayeux (denúncia HMIB) (3)