AMANHÃ: TRE-PB deve manter rejeição aos embargos e abrir caminho para posse do presidente da Câmara como prefeito de Cabedelo

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba deverá concluir nesta quinta-feira (11) o julgamento dos embargos de declaração apresentados por André Coutinho, Vitor Hugo e outros envolvidos no processo que resultou na cassação dos mandatos em Cabedelo. A matéria volta à pauta da Corte e a expectativa, segundo avaliação de fontes jurídicas e do próprio histórico do caso, é de que o TRE mantenha a rejeição aos embargos e confirme integralmente a decisão já tomada anteriormente.

Os embargos apresentados pelos investigados não alteram o mérito do julgamento – foram recursos meramente protelatórios, usados como última tentativa de reverter uma derrota já consolidada. No entanto, a tendência é que a Corte Eleitoral reafirme que não há omissão, contradição ou obscuridade a ser corrigida, mantendo o entendimento firmado na cassação.

Com a provável rejeição desses embargos, o próximo passo será imediato: a execução do acórdão, abrindo caminho para que o presidente da Câmara Municipal de Cabedelo assuma a Prefeitura. A posse ocorrerá assim que a Justiça Eleitoral comunicar formalmente a decisão ao Legislativo municipal.

O julgamento de amanhã é considerado decisivo porque encerra a tramitação na instância regional. Caso os embargos sejam novamente rejeitados, como indica o cenário, a situação política da cidade sofrerá uma virada definitiva já nesta semana.

A expectativa é de um julgamento rápido, já que o caso está instruído, debatido e com votos formados. Com a manutenção da decisão, Cabedelo terá nova gestão à frente da Prefeitura, seguindo o rito constitucional após a perda de mandato.

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EXCLUSIVO: Em novo habeas corpus, MP dá parecer contrário à soltura de Hytallo Santos

O Ministério Público da Paraíba emitiu parecer contrário ao pedido de liberdade apresentado pela defesa de Hytallo Santos no mérito do novo habeas corpus protocolado no Tribunal de Justiça. A manifestação ocorre após a análise inicial do caso, que teve a liminar negada no início do mês.

A negativa da liminar já havia sido divulgada pela imprensa, que mostrou que o Tribunal rejeitou o pedido emergencial para soltar Hytallo Santos e seu esposo, Israel Vicente, entendendo que não havia elementos que justificassem a revogação imediata da prisão. O tribunal também destacou que debates sobre competência e aprofundamento das provas só seriam examinados no julgamento final do habeas corpus.

Agora, com o processo avançando para sua fase decisiva, o Ministério Público recomenda que o tribunal mantenha Hytallo preso até o julgamento definitivo do processo. No parecer, o MP sustenta que não houve alterações na situação fática que autorizem a revogação da prisão preventiva e reforça que as investigações seguem em curso na fase de instrução.

Com o parecer apresentado, o mérito do habeas corpus segue para análise do relator, que poderá levar o caso a julgamento nas próximas sessões da Câmara Criminal. A decisão final deverá confirmar a prisão preventiva ou modificar o entendimento adotado desde agosto, quando Hytallo e Israel foram detidos preventivamente.

Hytallo Santos e o marido respondem a acusações relacionadas a exploração sexual infantil e tráfico humano, e o processo tramita sob segredo de justiça. A defesa aguarda agora o julgamento do mérito, que será o primeiro exame aprofundado das teses apresentadas no novo habeas corpus e que deve definir se Hytallo continuará preso ou poderá responder em liberdade.

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LEI DO GABARITO: Com onze votos a zero contra modulação dos efeitos para flexibilizar Lei, TJPB volta a julgar hoje constitucionalidade da norma

Tribunal de Justiça da Paraíba já formou 11 votos a 0, uma ampla maioria contrária à modulação de efeitos que permitiria flexibilizar a Lei do Gabarito na orla de João Pessoa. A discussão, que envolve diretamente a constitucionalidade de edificações erguidas acima do limite legal de altura, volta à pauta nesta quarta-feira (10) na Corte Especial do TJPB.

A modulação havia sido proposta por setores interessados em relativizar o cumprimento da legislação urbanística, permitindo que prédios construídos fora do gabarito pudessem ser regularizados mediante ajustes ou compensações. No entanto, os desembargadores rejeitaram, até o momento por unanimidade, essa possibilidade, mantendo o entendimento de que a proteção da paisagem litorânea e o respeito às normas ambientais e urbanísticas não podem ser flexibilizados.

Com 11 votos já proferidos, o julgamento entra na fase final. A Corte Especial retomará hoje a análise para concluir o processo, que é considerado decisivo para o futuro do ordenamento urbano da capital. A expectativa é de que os votos remanescentes confirmem a tendência consolidada contra qualquer forma de flexibilização do gabarito.

O tema tem mobilizado sociedade civil, Ministério Público e setor da construção civil, já que uma eventual modulação poderia abrir precedente para validar construções irregulares erguidas na orla. Até agora, porém, o Tribunal mantém posição firme e uníssona em defesa do rigor na aplicação da lei.

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Hugo Motta: para bolsonaristas, leniência; para Glauber Braga, mata-leão e censura para a imprensa

O presidente da Câmara, Hugo Motta, não se cansa de mostrar quem é. No episódio de hoje envolvendo Glauber Braga, ele abandonou qualquer aparência de equilíbrio institucional e adotou o método que parece lhe agradar: violência, censura e intimidação. O mesmo Hugo Motta que, neste ano, deixou deputados bolsonaristas ocuparem a Mesa Diretora por dias, travarem a Casa e transformarem o plenário em palanque, agora mandou a Polícia Legislativa arrancar um parlamentar pelo pescoço, cortar o sinal da TV Câmara e expulsar jornalistas a pontapés.

É impossível não enxergar a contradição gritante. Quando a extrema-direita ocupou a Mesa, Hugo Motta virou estadista: pediu calma, tentou negociar, deixou os ânimos esfriarem, não houve mata-leão, não houve grito. O regimento, ali, foi tratado como sugestão, não como regra. A força institucional foi usada com parcimônia, quase timidez.

Mas quando o protesto veio da esquerda, de um deputado que ousou confrontar sua condução política, Motta virou outro homem. Um homem agressivo, autoritário, disposto a usar a estrutura da Câmara como arma política. Glauber Braga não tinha direito de sentar na cadeira da Presidência, isso é fato, mas desde quando irregularidade simbólica vira justificativa para estrangular deputado no plenário e censurar a imprensa?

O que mudou entre um caso e outro? Não foi o regimento. Não foi a gravidade objetiva das ações. O que mudou foi o alvo. Hugo Motta é tolerante com quem lhe convém e brutal com quem lhe desafia. Com os bolsonaristas, abriu diálogo. Com Glauber, abriu caminho para a polícia agir com violência. Com a direita, conversa. Com a esquerda, cacete. É uma lógica que não tem nada de institucional. É puramente política.

A parte mais repugnante de sua postura, porém, é a tentativa de calar o país. Mandar expulsar jornalistas, cortar a transmissão oficial e permitir que profissionais da imprensa fossem agredidos é prática de quem teme transparência. É prática de gente que só se sustenta quando a luz apaga. É prática de censura. E Motta precisa ser chamado pelo que se tornou: um presidente censurador.

A Câmara dos Deputados não é quartel, não é trincheira de guerra particular, não é espaço onde um presidente resolve seus desafetos na base da truculência. É a Casa do povo. Mas Hugo Motta parece ter entendido o papel de forma diferente: para ele, é seu feudo pessoal, onde escolhe quem pode protestar e quem deve ser arrastado pelos corredores.

A democracia exige coerência. Exige que o presidente da Câmara trate todos os parlamentares com o mesmo rigor ou a mesma tolerância. Hugo Motta não fez nem uma coisa nem outra. Preferiu usar a força seletiva, a repressão conveniente e a censura descarada.

E o país inteiro viu.

Por Feliphe Rojas

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EXCLUSIVO: Após embargo judicial, Construtora Urban entra com recurso em sigilo no TJPB e consegue liberação de obra investigada por desrespeitar a Lei do Gabarito

A obra do edifício Ares Urban Design, no bairro de Intermares, voltou a avançar após a construtora responsável, a Urban-04 Construções e Incorporações SPE LTDA, obter no Tribunal de Justiça da Paraíba uma decisão atraves de um rfecurso em sigilo, derrubando o embargo que havia sido determinado pela 4ª Vara Mista de Cabedelo.

O empreendimento ficou conhecido por estar no centro de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público da Paraíba, que apontou que o prédio de sete pavimentos teria sido erguido em desacordo com o limite de altura estabelecido pela Constituição do Estado. Em julho, a juíza da 4ª Vara Mista acolheu o pedido ministerial e determinou a suspensão de quaisquer atos administrativos relacionados ao empreendimento, incluindo habite-se, certidões e averbações, além da paralisação imediata da obra.

Após a decisão, a Urban-04 acionou o Tribunal de Justiça apresentando um recurso sob sigilo, cujo teor não foi disponibilizado publicamente. O pedido foi analisado por um desembargador, que concedeu liminar autorizando a retomada da construção enquanto o mérito do recurso ainda será julgado em definitivo.

Com isso, a obra voltou a ter movimentação, mesmo com o processo principal ainda em curso e com o Ministério Público sustentando que o prédio excede o gabarito constitucional da orla de Cabedelo, fixado em 12,90 metros.

A decisão no Tribunal reacendeu o debate sobre a fiscalização urbana na faixa costeira do município, que nos últimos anos vem registrando elevada pressão imobiliária e sucessivas ações judiciais envolvendo empreendimentos considerados irregulares. O MPPB mantém diversos procedimentos apurando construções que, segundo o órgão, afrontam a legislação estadual e impactam a paisagem natural da orla.

Embora a liminar do Tribunal permita o retorno das atividades, o futuro do empreendimento segue condicionado ao julgamento definitivo do recurso e da ação civil pública. O Ministério Público deverá ser intimado a se manifestar e pode recorrer da decisão que liberou a continuidade da obra.

A Prefeitura de Cabedelo não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o fechamento desta matéria.

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CASO HYTALO SANTOS: Juiz que assume condução do processo, é o mesmo que decretou a prisão preventiva do casal no início das investigações

O processo que envolve Hytalo Santos terá um novo magistrado responsável após a averbação de suspeição apresentada pelo juiz Bruno Isidro. A condução do caso passa agora para o juiz Antônio Rudmacir, que já esteve à frente da fase inicial da investigação.

Rudmacyr foi o magistrado que decretou a prisão preventiva de Hytalo Santos e de Ítalo Euro no começo do processo, decisão tomada diante dos elementos apresentados à época pelo Ministério Público e pela Polícia Civil. Agora, com a redistribuição, ele volta a atuar no caso na fase processual.

A mudança ocorre em razão do afastamento de Bruno Isidro, que se declarou suspeito para continuar no processo. Com isso, Antônio Rudmacir reassume a condução dos autos, garantindo a continuidade da tramitação judicial.

O processo segue em andamento, sem alterações quanto às acusações formais que ambos respondem, e deve retomar seu curso normal sob a nova jurisdição.

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Estudantes paraibanos conquistam troféus em torneio nacional de robótica e garantem vaga em etapa mundial

Paraíba segue consolidando seu protagonismo no cenário nacional da robótica e inovação. Cinco equipes de estudantes do projeto Limite do Visível, vinculado à Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), conquistaram seis troféus no Torneio Juvenil de Robótica (TJR), realizado nesse sábado (6) e domingo (7), em São Paulo, e garantiram classificação para a etapa mundial, que será realizada em abril de 2026, na Argentina.

As equipes se destacaram nas modalidades Resgate, Viagem ao Centro da Terra e Corrida, enfrentando desafios que exigiram programação, raciocínio lógico, autonomia de robôs e trabalho em equipe. As três primeiras colocadas conquistaram vaga direta para a fase internacional da competição.

O Torneio Juvenil de Robótica (TJR) é uma das principais competições do país na área, reunindo jovens de diferentes estados. A proposta é estimular, na prática, o uso da robótica e da computação, por meio de desafios como sumô de robôs, dança coreografada, corridas e provas de resgate. Cada equipe é formada por quatro estudantes e um monitor.

O secretário de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Ensino Superior, Claudio Furtado, falou da importância dos investimentos na área. O Governo da Paraíba tem investido de forma contínua na área de robótica, com a estruturação de laboratórios, apoio a projetos educacionais e incentivo direto aos nossos estudantes. A robótica é uma ferramenta estratégica para despertar o interesse pela ciência e preparar nossos estudantes para as profissões do futuro. Quando vemos esses jovens conquistando espaço em competições nacionais e internacionais, temos a certeza de que estamos no caminho certo. Esse resultado é fruto do empenho deles e da confiança do Governo na ciência e na inovação”, afirmou o secretário.

Para os alunos, a experiência vai além dos troféus. “Estou muito feliz por participar da competição, pois ela é muito importante para o meu desenvolvimento pessoal e profissional, com todo o apoio da Secretaria de Tecnologia da Paraíba, essa jornada se torna ainda mais prazerosa e motivadora. Representar o meu Estado em outro lugar é uma experiência única, que amplia meus conhecimentos, fortalece meu espírito de equipe e me incentiva a buscar sempre o melhor. Espero conquistar muitos títulos para a Paraíba, junto com minha equipe e meus amigos, mostrando o potencial e o compromisso de todos nós”, comentou Olenildo Oliveira, da equipe G.D.A, que ganhou o primeiro lugar na modalidade Viagem ao Centro da Terra.

Já o estudante Clenildo Monteiro, da equipe Olimpo, vencedora da prova de Resgate de Alto Risco, destacou o impacto da vivência. “Foi uma experiência incrível e enriquecedora. Enfrentamos muitos desafios ao longo do caminho e, gradualmente, nossa equipe Olimpo foi evoluindo, o que nos permitiu conquistar o primeiro lugar na modalidade de Resgate de Alto Risco. Tive a oportunidade de aprender, trocar conhecimentos e conviver com pessoas inspiradoras, que contribuíram diretamente para o meu crescimento pessoal e profissional. Agradeço à Secretaria de Ciência e Tecnologia por nos proporcionar esse momento de aprendizagem. Saio desta experiência extremamente motivado e com a certeza de que os conhecimentos adquiridos serão fundamentais para o meu desenvolvimento”, comentou Clenildo.

Segundo o coordenador de Robótica da Secties, Fagner Ribeiro, o desempenho dos estudantes reflete o investimento contínuo do Governo da Paraíba na formação científica e tecnológica. “Devido ao apoio do Governo da Paraíba por meio da Secties, nossos estudantes da UEPB, do Projeto Limite do Visível, têm tido a oportunidade de mostrar todo o potencial na área da Robótica, representando a Paraíba em competições tanto nacionais como internacionais, isso é motivo de grande orgulho, ver nossos estudantes sendo protagonistas da sua própria história”, assinalou.

A trajetória das equipes começou na etapa estadual, realizada em setembro, em João Pessoa, no Espaço Cultural. Após a classificação para a fase nacional, em São Paulo, os estudantes conquistaram pódios e agora se preparam para representar o Brasil na etapa mundial, na Argentina.

Modalidades disputadas no TJR

As equipes passaram por provas que testaram criatividade, estratégia e domínio tecnológico, entre elas:

– Resgate (Plano/Alto Risco): Robôs autônomos navegam por um percurso, localizam e transportam objetos (vítimas) para locais específicos, superando obstáculos como pontes e tijolo.

– Dança de Robôs: Combina programação, estética, sincronia e coreografia com música.

– Viagem ao Centro da Terra (VCT): Desafios lúdicos com temática de exploração, que exigem lógica, sensores e autonomia.

– Corrida de Carros Autônomos: Robôs seguem pistas e superam desafios de percurso e obstáculos.

– Sumô de Robôs: Robôs autônomos tentam empurrar o adversário para fora de uma arena circular (Dohyo).

– Cabo de Guerra: Robôs puxam um ao outro para fora de uma plataforma, testando força e tração.

– Registro Multimidiático: Avalia a apresentação e documentação do projeto do robô.

– Dirigibilidade de Drones: Exploração indoor e tarefas específicas com drones.

– Corrida de Arrancada/Rampinha: Desafios mais recentes que testam aceleração e superação de rampas.

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