Hervázio Bezerra anuncia saída do PSB e convoca reunião de grupo após ruptura com João Azevêdo

O deputado estadual Hervázio Bezerra (PSB) confirmou, em entrevista concedida nesta quarta-feira (19) à CBN João Pessoa, que deixará o partido após o episódio envolvendo o afastamento de Leo Bezerra da presidência do diretório municipal do PSB na Capital. Ele afirmou que ainda hoje participará de uma reunião com Léo e Odon Bezerra para definir os próximos passos do grupo com vista às eleições de 2026.

A declaração ocorre em meio à crise interna provocada pela solicitação do governador João Azevêdo para que Leo deixasse o comando municipal após defender publicamente a candidatura do prefeito Cícero Lucena (PP), contrariando a direção partidária.

Hervázio classificou o ocorrido como um “impacto muito forte” para Leo Bezerra, sustentando que o pedido do governador rompeu a relação de confiança existente entre ambos ao longo dos anos.

“Foi um impacto enorme para Leo, enorme mesmo, porque ele sempre teve apreço e respeito pelo governador João Azevêdo. Eu aconselhei Leo a não tirar licença, a não criar desculpas. A verdade cabe em qualquer lugar. Ele deveria expor publicamente o pedido feito pelo governador e devolver o partido a quem havia confiado a ele”, declarou.

O parlamentar também afirmou que o grupo está profundamente atingido pela maneira como tudo foi conduzido e que há um clima de desorganização generalizada no PSB, especialmente na formação da nominata para 2026.

“A situação ficou complicada. Muito complicada. Por onde passei, ouvi comentários sobre a entrevista que vocês fizeram com Leo. Eu vi um rapaz abalado, decepcionado, frustrado. Não é fraqueza. É frustração com alguém em quem ele confiava”, relatou.

Questionado sobre seu futuro político dentro ou fora do PSB, Hervázio foi categórico:

“Eu já adianto: não vejo mais condições de permanecer. Acho que minha saída é o caminho.”

Ele também criticou a falta de planejamento interno do partido e disse que, na última reunião com o governador, cobrou clareza sobre a nominata. Segundo o deputado, o PSB não demonstra estrutura para encarar a disputa de 2026 de forma competitiva.

Fonte: PODER PARAÍBA

 

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Dia do Empreendedorismo Feminino: histórias de mulheres que escolheram a Paraíba para sonhar e realizar

Em um país onde 54,6% das mulheres têm intenção de empreender e 80% já pensaram em abrir o próprio negócio, o desejo de autonomia tem encontrado um território especialmente fértil: a Paraíba. O único estado do Nordeste com saldo positivo de novos moradores e quarto lugar em MEIs na região, o destino tem atraído mulheres que transformam mudança em oportunidade e projetos pessoais em empresas consolidadas.

São 139 mil empreendedoras e 43% dos MEIs registrados no estado já liderados por elas; muitas vindas de fora, outras enraizadas aqui desde cedo; mas todas com algo em comum, a coragem de começar.

Neste 19 de novembro, Dia do Empreendedorismo Feminino, conheça a trajetória de mulheres que moldam a economia criativa, gastronômica, hoteleira e comunicacional do estado. Histórias que revelam o poder da reinvenção, o impacto das lideranças femininas e o quanto a Paraíba tem sido palco de novos ciclos, sejam pessoais ou profissionais.

 

Potência gastronômica – Paranaense, Heloisa Nonino escolheu João Pessoa como lugar de recomeço e, em poucos anos, transformou uma pequena cafeteria em Tambaú em um dos grupos de gastronomia mais influentes do estado. Hoje, como diretora do Grupo Nonino — que reúne cinco operações de destaque: Reserve Garden, Limone & Capperi, Nonino Gastronomia, Fat Guys e Gelateria Nonino — ela se tornou referência em expansão, inovação e liderança feminina no setor. Sua trajetória marca a transição de um projeto modesto para empreendimentos de grande porte, todos guiados pela busca pela autenticidade e por experiências memoráveis. “Cada casa nasceu de um propósito muito claro: entregar algo que ainda não existia em João Pessoa. O sucesso é fruto de intensidade, dedicação e da coragem de ousar sempre, mantendo a essência que conquistou o público paraibano”, afirma.

 

Comunicação com propósito – Mineira de Juiz de Fora, Andréia Barros chegou à Paraíba há quase 20 anos e transformou o recomeço em outro estado em uma das trajetórias mais consistentes da comunicação paraibana. Jornalista há mais de 25 anos, com passagem por rádio, TV, jornal, revista e agências em três estados, ela percebeu uma lacuna no mercado local e decidiu criar a Vivass, uma agência estilo “boutique” focada em assessoria de imprensa e relações públicas personalizadas. O negócio nasceu há oito anos da junção entre experiência, visão e coragem; e cresceu de forma orgânica até se tornar referência. “O momento em que os clientes começaram a me procurar pelo trabalho e não pela prospecção foi quando entendi que minhas raízes estavam firmadas aqui; ali eu vi que tinha feito a escolha certa”, conta. Hoje, à frente de uma equipe formada apenas por mulheres, Andréia reforça diariamente sua convicção de que empreender é propósito, impacto e transformação. “Faz parte do meu propósito empoderar e treinar mulheres para o mercado e para transformar o mundo”, afirma Andréia.

 

Hotelaria em movimento – Curiosa por novos destinos e guiada pela visão de expandir o Grupo Tauá com propósito, Lizete Ribeiro conheceu João Pessoa quase por acaso, durante uma feira do setor, quando o projeto do Polo Cabo Branco chamou sua atenção. A visita ao estado revelou um potencial turístico que unia autenticidade, beleza natural e um mercado em evolução, combinação que despertou nela a certeza de que ali havia espaço para um empreendimento transformador. A decisão de trazer a rede para a Paraíba nasceu desse encantamento e se fortaleceu ao ver o envolvimento da comunidade local, a força do território e a receptividade ao projeto. “O momento em que percebi que fizemos a escolha certa foi quando senti que o Tauá não seria apenas mais um resort, mas parte do desenvolvimento, da cultura e do orgulho de João Pessoa”, destaca Lizete.

Da advocacia à gastronomia – Advogada de formação, Aluska Barbosa decidiu romper totalmente com a carreira jurídica durante a pandemia para seguir a paixão que a acompanhava desde a adolescência: cozinhar. Campinense criada em João Pessoa, após a transferência militar do pai, ela transformou o hábito de preparar refeições afetivas para a família em um negócio que rapidamente ganhou identidade, público e propósito. Em 2025, a Alupast’s completa cinco anos como uma das marcas gastronômicas mais lembradas da cidade. “Eu nunca imaginei que cozinharia para além da minha família, mas a pandemia revelou uma vocação que estava guardada. Quando percebi que aquilo tocava as pessoas de verdade, entendi que não era só comida: era experiência, encontro e afeto transformado em trabalho. A Paraíba é um terreno fértil para mulheres fortes, criativas e determinadas. E há espaço para todas nós brilharmos.”, afirma.

Design que lidera – Em um setor historicamente masculino, Soni Cassiano construiu uma trajetória que combina força, inovação e visão estratégica, tornando-se um dos nomes mais influentes do mercado moveleiro paraibano. Com mais de 20 anos de atuação, ela está à frente da ESSANTO, fábrica de móveis planejados referência no Nordeste, e da Viva Móveis.com, a primeira loja de móveis sob medida do país com o conceito “fígital”, que integra experiência física e digital. Sua capacidade de transformar tendências em soluções reais impulsionou não apenas o crescimento dos seus negócios, mas também o desenvolvimento econômico da região, com geração de empregos, renda e ações socioambientais. “Trabalhamos com pessoas e para pessoas. O sucesso é fruto de dedicação, resiliência e muito trabalho. Por isso, mantemos o compromisso de estar sempre na vanguarda da criatividade e do progresso, sem abrir mão das nossas raízes”, afirma Soni, que reforça o orgulho pela cultura nordestina como força motriz da própria história.

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Após decisão judicial em Cabedelo, André Coutinho convoca coletiva para esclarecer cenário político e administrativo da cidade

O prefeito de Cabedelo, André Coutinho, convocou a imprensa para uma coletiva nesta quarta-feira (19), às 10h, no espaço Gouver Recepções, localizado no Centro da cidade, próximo ao Porto.

De acordo com a assessoria do prefeito, o pronunciamento oficial terá como foco o resultado do julgamento que afetou o mandato municipal, além da apresentação dos próximos passos administrativos e legais, incluindo os recursos cabíveis.

Durante o encontro, Coutinho também deverá detalhar as ações previstas para os próximos meses e fazer um balanço do trabalho realizado recentemente, reforçando suas iniciativas à frente da gestão municipal.

A coletiva é apresentada como um momento de esclarecimento e transparência, no qual o prefeito pretende dialogar diretamente com a população e a imprensa sobre o cenário político e administrativo em Cabedelo.

FONTE 83

 

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MP chama o feito à ordem, expõe construção irregular na orla de Cabedelo e cobra ação urgente de SUDEMA, SPU, CREA, IBAMA e MPF

O Ministério Público da Paraíba chamou o feito à ordem no processo que investiga a construção do empreendimento “Ares Urban Design”, em Cabedelo, e denunciou que o prédio está sendo erguido em total desacordo com as normas que protegem a faixa litorânea do município. A Promotoria afirma que o edifício, projetado para oito pavimentos, viola o limite constitucional de 12,90 metros imposto às construções localizadas na primeira faixa de ocupação urbana da orla, área considerada de altíssima sensibilidade ambiental.

 

Segundo o MP, a construtora e o Município tentam sustentar que o lote não é frontal ao mar, mas a Promotoria rebate a tese e afirma que o terreno está, sim, diretamente voltado para a orla, posicionado em área onde a legislação estadual e federal impõe restrições rígidas. O órgão aponta que a suposta área pública entre o mar e o empreendimento não é loteamento, mas faixa de restinga e vegetação fixadora de dunas, classificada como Área de Preservação Permanente e juridicamente incompatível com parcelamento urbano.

Laudos, análises técnicas e imagens revelam que a obra já atinge altura similar a prédios laterais, mesmo estando apenas na terceira laje, e que, se concluída, ultrapassará em muito o gabarito permitido para a região. Para o MP, tanto o município quanto a construtora tentam driblar a legislação e flexibilizar, de forma indevida, a proteção constitucional da costa cabedelense.

A Promotoria também afastou as alegações de nulidade do inquérito civil levantadas pela empresa, reiterando que o procedimento é investigativo, legalmente constituído e não exige contraditório prévio. Para o Ministério Público, eventuais discordâncias da construtora não têm qualquer poder de invalidar o processo judicial.

Além de pedir a suspensão imediata da obra e a nulidade de todos os atos administrativos que autorizaram a construção, o MP abriu uma cobrança direta aos órgãos de fiscalização ambiental e urbanística. Determinou que SUDEMA, SPU, CREA/PB e IBAMA realizem vistoria e emitam laudo técnico em até 15 dias. Também expediu ofício ao Ministério Público Federal, diante da competência compartilhada da União na proteção da zona costeira.

A manifestação questiona, de forma contundente, a inércia e possível conivência dos órgãos responsáveis pelo controle ambiental, urbanístico e patrimonial diante de uma obra que avança sobre a faixa litorânea mais protegida da Paraíba.

Assinada pelo promotor de Justiça Francisco Bergson Gomes Formiga Barros, a atuação do MP reforça que a proteção da orla é dever constitucional e que qualquer tentativa de flexibilização, omissão institucional ou autorização irregular coloca em risco o patrimônio ambiental e o interesse coletivo da população de Cabedelo.

O caso segue tramitando na Justiça da Paraíba.

Confira o documento:

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Josias de Souza: “Hugo Motta se perde no próprio caos e vira alvo de novo desgaste político nacional”

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), voltou ao centro de uma tempestade política ao tentar transformar em conquista o que especialistas e analistas têm classificado como um dos maiores desastres legislativos recentes: a condução do Marco Legal de Combate ao Crime Organizado. A avaliação mais contundente veio do colunista Josias de Souza, que apontou que Motta “tira a conclusão errada com extraordinária segurança” ao comemorar o debate que ele próprio intoxicou.

Segundo a análise, o problema não está apenas no erro político inicial, mas na incapacidade de Motta de compreendê-lo. O deputado publicou nas redes que o tema “tomou conta das conversas, das redes e da imprensa”, enxergando nisso uma vitória. Para críticos, a declaração expõe três características que vêm marcando sua gestão: cegueira para os fatos, surdez para as críticas e desorientação diante das consequências.

O desgaste começou quando Motta escolheu Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto. A opção provocou reação negativa imediata, não apenas pelo perfil do escolhido, mas pela sucessão de relatórios produzidos às pressas, quatro textos em apenas seis dias, todos recebidos com forte rejeição. Ainda assim, Motta insistiu em tratar a crise como um “debate saudável”, ignorando o fato de que foi sua condução que detonou a confusão.

A análise aponta que, ao tentar explicar a reação ao projeto, o presidente da Câmara misturou percepções, distorceu o papel das críticas e se comportou como se estivesse acima da realidade. Para piorar, Dobrou a aposta: quer levar ao plenário mais um relatório, o quinto, mantendo o ritmo frenético que aprofundou o impasse.

A crítica central é que Motta, em vez de usar a proposta original do governo Lula como ponto de partida para construir uma política séria e articulada contra as facções criminosas, optou por reduzir o debate à repetição automática de slogans sobre endurecimento de penas. Uma estratégia que costuma render manchetes fáceis, mas não resultados efetivos.

A condução acelerada, tratada como demonstração de força política, vem sendo avaliada como sinal de fraqueza. Segundo analistas, Motta tenta transformar o caos em narrativa de liderança, mas acaba expondo justamente o contrário: desorganização, falta de leitura de cenário e uma aposta perigosa na pressa como método.

Com o desgaste acumulado e a pressão crescente, a tendência é que, quando o projeto fracassar ou precisar ser reconstruído, o próprio Hugo Motta volte ao discurso conhecido de que “faltou endurecimento”. Até lá, porém, já terá deixado mais um rastro de confusão em um dos temas mais sensíveis da agenda nacional.

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ESCÂNDALO: Prefeito de Serra Branca é alvo de representação do MP no TCE por suspeita de direcionamento, sobrepreço e uso indevido de emergência em contrato de locação de veículos

A Prefeitura de Serra Branca, comandada pelo prefeito Michel Alexandre Pereira Marques, é alvo de uma representação do Ministério Público de Contas que expõe uma série de irregularidades consideradas graves pelos auditores do Tribunal de Contas do Estado. O caso gira em torno de uma contratação emergencial para locação de veículos, realizada por dispensa de licitação, que apresenta falhas que vão desde a falta de transparência até indícios de sobrepreço e possível direcionamento.

De acordo com a apuração, o contrato emergencial foi assinado em 7 de março de 2025, mas sua publicação ocorreu apenas em 26 de junho, quatro dias antes do encerramento da vigência. A divulgação tardia fere a lei e esvazia por completo o controle social e institucional sobre uma contratação que movimentou quase duzentos mil reais. O prazo legal exige transparência imediata, principalmente em casos de dispensa, o que não ocorreu.

Além da falha na publicação, a pesquisa de preços que embasou a contratação emergencial é considerada frágil e incompatível com a realidade do mercado. Duas das três empresas que apresentaram cotação sequer atuam no ramo de locação de veículos. Entre elas, uma empresa de contabilidade e uma construtora, ambas sem histórico de contratos do tipo. A utilização dessas cotações levanta suspeitas de que a pesquisa teria sido montada apenas para legitimar uma decisão já tomada.

Os auditores também identificaram que a prefeitura pagou por sete dias de serviço que não foram prestados. Como o contrato vigorou até 30 de junho, mas o valor mensal integral foi empenhado, a despesa indevida chega a mais de 11 mil reais. O relatório ainda aponta indícios de sobrepreço superiores a 34 mil reais quando comparado aos preços do mercado, podendo ultrapassar 59 mil se usados como referência os valores do próprio pregão lançado pela prefeitura meses depois.

Outro ponto crítico é a falta de qualquer comprovação de situação emergencial que justificasse a contratação direta. Embora o prefeito tenha editado um decreto autorizando dispensas nos primeiros 180 dias da gestão, o documento não substitui a necessidade de demonstrar a urgência real e específica da contratação. Mesmo assim, o pregão destinado a regularizar os serviços só foi lançado seis meses após o início da gestão, o que reforça a dúvida sobre o caráter emergencial da medida.

A representação também destaca que a prefeitura não publicou a dispensa nem o contrato no Portal Nacional de Contratações Públicas, descumprindo a legislação federal. Além disso, o Portal da Transparência municipal não possui registros atualizados de licitações e contratos referentes a 2025, o que contraria a Lei de Acesso à Informação.

Os documentos preparatórios da contratação emergencial, como o estudo técnico preliminar e o termo de referência, foram classificados como genéricos, padronizados e sem relação clara com a necessidade concreta do município. A auditoria constatou ainda a ausência de fiscal responsável pelo contrato, falha que agrava o cenário de falta de controle.

Diante do conjunto de irregularidades, o relatório técnico concluiu que a denúncia é procedente e determinou a citação do prefeito Michel Alexandre Pereira Marques para apresentar defesa. O processo segue em análise no Tribunal de Contas, que poderá imputar débito, aplicar multas e, dependendo da avaliação, encaminhar o caso ao Ministério Público para apuração de responsabilidades civis e criminais.

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URGENTE: Por 5 a 1. TRE-PB confirma cassação de André Coutinho e Camila Holanda, além da inelegibilidade por 8 anos de Vitor Hugo

O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) confirmou, na tarde desta segunda-feira (17), a cassação do prefeito de Cabedelo, André Coutinho (Avante), da vice-prefeita Camila Holanda (PP), além da manutenção da inelegibilidade do ex-prefeito Vitor Hugo (Avante). Com quatro votos contra um, a Corte confirmou o entendimento de que o conjunto de provas das operações En Passant I e II comprova o envolvimento direto dos investigados em práticas ilícitas e na utilização da máquina pública em 2024.

Votaram a favor da cassação o relator, desembargador Kéops Vasconcelos, e os desembargadores Rodrigo Clemente de Brito Pereira, Helena Fialho e Renata Barros e Oswaldo Trigueiro. O único voto contrário foi o do desembargador Aluízio Bezerra, que havia aberto divergência sob argumento de cerceamento de defesa. A formação da maioria consolida a conclusão de que não houve nulidades no processo e de que a sentença de primeira instância deve ser mantida.

Em seu voto, Kéops afirmou que depoimentos, diálogos extraídos de celulares, documentos e perícias revelam “pleno conhecimento e anuência” dos investigados com infiltrações criminosas na gestão e com articulações políticas irregulares. O relator também rejeitou as alegações da defesa sobre o uso de uma imagem na sentença, afirmando que ela não constitui prova isolada e apenas compõe um “conjunto probatório robusto”.

Além da cassação da chapa completa, ficou definida a convocação de novas eleições e a posse interina do presidente da Câmara Municipal até a realização do pleito suplementar após o julgamento dos embargos de declaração. Para ele, a permanência da atual gestão “fere princípios básicos da administração pública e compromete a legitimidade do processo democrático”.

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